Devido ao poder econômico, militar e diplomático dos Estados Unidos, a presidência americana é o cargo político mais importante do mundo. Desde que voltou à Casa Branca, em janeiro, Donald Trump se valeu desse poder e tomou medidas de impacto em assuntos de grande importância, como o comércio internacional, conflitos armados entre países e o combate à imigração ilegal.
Entretanto, dando razão à sua fama de imprevisível, Trump também se utilizou do cargo para tomar decisões ou fazer pressão a respeito de temas que, à primeira vista, não pareceriam prioridade na agenda de um gestor público poderoso como o presidente dos Estados Unidos. Confira alguns deles:
Canudos
Em fevereiro, Trump baixou uma ordem para que os diretores de agências eliminassem o uso de canudos de papel nos prédios do Executivo federal.
“Canudos de plástico são frequentemente substituídos por canudos de papel, que não são funcionais, usam produtos químicos que podem trazer riscos à saúde humana, são mais caros de produzir do que os canudos de plástico e muitas vezes obrigam os usuários a usar vários canudos”, apontou o texto da Casa Branca que justificou a medida.
Trump também determinou a criação de uma estratégia nacional para eliminação de todas as políticas do Poder Executivo federal destinadas a “desfavorecer” os canudos de plástico.
Chuveiros
Em abril, Trump revogou uma mudança introduzida no mandato de Barack Obama (2009-2017), que havia reduzido a vazão de água por orifício dos chuveiros comercializados nos Estados Unidos.
No seu primeiro mandato (2017-2021), Trump já havia revisto a norma, mas seu sucessor, Joe Biden (2021-2025), voltou a aplicar a regra da época de Obama – agora, novamente revogada.
“Gosto de tomar um bom banho para cuidar do meu lindo cabelo”, disse Trump ao assinar a ordem executiva na Casa Branca sobre o tema. “[Hoje,] preciso ficar embaixo do chuveiro por 15 minutos até ele ficar molhado. A água sai assim: pinga, pinga, pinga.”
Nome de time
Nesta semana, Trump ameaçou vetar um acordo do time de futebol americano Washington Commanders com o governo do Distrito de Columbia para construir um novo estádio, caso a equipe não volte a se chamar Washington Redskins (peles-vermelhas), nome modificado há alguns anos sob a alegação de que seria ofensivo a indígenas americanos.
“Posso impor uma restrição a eles: se não mudarem o nome de volta para o original Washington Redskins e se livrarem do ridículo nome Washington Commanders, não farei um acordo para que construam um estádio em Washington”, disse Trump na rede Truth Social.
Entretanto, o jornal USA Today informou que Trump não pode cancelar unilateralmente o acordo para a construção do estádio, porque o Congresso dos Estados Unidos aprovou uma lei em dezembro que transferiu a propriedade do terreno do antigo estádio RFK (onde a arena será construída; a demolição do estádio original está em andamento) do Serviço de Parques Nacionais para o Distrito de Columbia.
Coca-Cola
Na terça-feira (22), a Coca-Cola anunciou que vai lançar nos Estados Unidos uma versão com açúcar de cana americano – a bebida que abastece o maior mercado do mundo é normalmente adoçada com xarope de milho.
A empresa tomou a medida após Trump anunciar na Truth Social um “acordo” nesse sentido que a Coca-Cola a princípio não confirmou.
“Tenho conversado com a Coca-Cola sobre o uso de açúcar de cana VERDADEIRO na Coca-Cola nos Estados Unidos, e eles concordaram. Gostaria de agradecer a todas as autoridades da Coca-Cola. Será uma ótima iniciativa deles — vocês verão. É simplesmente melhor!”, escreveu o presidente americano.
Fonte: Gazeta