Uma juíza dos Estados Unidos negou nesta quarta-feira (23) um pedido do Departamento de Justiça (DOJ, na sigla em inglês) da gestão Donald Trump para divulgar transcrições de depoimentos do caso do financista Jeffrey Epstein, prestados à Justiça Federal do sul da Flórida.
Epstein foi encontrado morto na sua cela em Nova York em 2019, quando aguardava julgamento por um esquema de tráfico sexual de menores.
Nos últimos dias, Trump tem sofrido desgaste porque seu governo confirmou que a morte do financista foi um suicídio e porque alegou que uma lista de clientes famosos de Epstein não existe, contrariando teorias de apoiadores do presidente americano. Por isso, o DOJ solicitou que depoimentos à Justiça sobre o caso fossem divulgados.
Segundo informações da agência Reuters, a juíza distrital Robin Rosenberg, indicada ao cargo pelo ex-presidente democrata Barack Obama, alegou que o pedido do DOJ à Justiça Federal da Flórida não se enquadra em nenhuma das exceções às regras que exigem que o material seja mantido em sigilo.
O material requisitado pelo DOJ diz respeito a investigações federais sobre Epstein realizadas em 2005 e 2007. Apesar da negativa, a gestão Trump tem pedidos pendentes na Justiça para a divulgação de transcrições relacionadas a uma acusação posterior apresentada contra Epstein e sua ex-sócia Ghislaine Maxwell.
Trump tem se queixado das críticas de apoiadores ao modo como seu governo lida com a questão e na semana passada disse que não quer o apoio dos conservadores que o cobraram sobre o assunto.
“Deixem esses fracos seguirem em frente e fazerem o trabalho dos democratas. Nem pensem em falar sobre nosso sucesso incrível e sem precedentes, porque eu não quero mais o apoio de vocês!”, afirmou na rede Truth Social.
Fonte: Gazeta