Um cidadão norueguês de 27 anos que trabalhava como guarda de segurança para a embaixada dos Estados Unidos na Noruega foi acusado de espionar para a Rússia e o Irã. Em troca, ele teria supostamente recebido 200.000 coroas norueguesas (cerca de R$ 110.000) em bitcoins.
“Como guarda de segurança, a quantidade de informação sensível a que ele tem acesso é limitada, mas consideramos que se trata de um assunto sério”, afirmou o promotor Carl Frederik Fari ao canal “TV 2”.
A acusação aponta que o suspeito compartilhou com o Irã e a Rússia dados sobre funcionários da embaixada – nomes, números de telefone e endereços -, bem como informações sobre os procedimentos de segurança e imagens do estacionamento e de equipamentos de comunicação.
As informações foram transmitidas aos supostos contatos russos na Sérvia e aos contatos iranianos na Turquia.
A advogada do acusado, Inger Zadig, disse ao “TV 2” que seu cliente reconhece ter compartilhado os dados, mas nega toda responsabilidade por considerar que não se tratava de informação secreta.
O que deverá ser esclarecido perante os tribunais, segundo Zadig, é a natureza da informação e se o fato de tê-la compartilhado afeta os interesses nacionais da Noruega ou dos Estados Unidos.
O acusado figura como coproprietário e diretor-geral de uma empresa de segurança que havia recebido aprovação da polícia de Oslo para vigiar áreas públicas e privadas.
A empresa oferecia também serviços de guarda-costas, segurança para embaixadas e para residências privadas, além de serviços de transporte.
Fonte: Gazeta