O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, compartilhou uma mensagem em defesa do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira (21), pedindo que ele “continue lutando”.
“Continue lutando, Jair Bolsonaro! Ordens de silêncio, proibições de redes sociais e julgamentos com motivação política são ferramentas de medo, não de justiça. Você pode colocar uma tornozeleira eletrônica em um homem, mas não na vontade de uma nação!”, escreveu em inglês no X.
Logo após a publicação do premiê húngaro, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) agradeceu a manifestação e afirmou que “ninguém melhor do que o senhor [Orbán] conhece essas pessoas que nos perseguem”.
Orbán — aliado de Bolsonaro enquanto esteve no poder — foi um dos chefes de Estado que estiveram na posse do ex-mandatário brasileiro, em janeiro de 2019. Em 2023, ambos se encontraram em Buenos Aires, quando foram prestigiar a cerimônia de posse de Javier Milei, presidente da Argentina.
Em outra oportunidade, no ano passado, Orbán já tinha saído em defesa de Bolsonaro, caracterizando-o como “um patriota honesto”.
Na última sexta-feira (18), Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), que cumpriu mandados de busca e apreensão e impôs medidas restritivas determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As medidas incluíram a proibição do uso de redes sociais, do contato com embaixadores e diplomatas estrangeiros, com aliados investigados e da aproximação de embaixadas.
Nesta segunda (21), Moraes emitiu um novo despacho, proibindo Bolsonaro de participar de “transmissões, retransmissões ou veiculação de áudios, vídeos ou transcrições de entrevistas em qualquer das plataformas das redes sociais de terceiros”. Na prática, a imprensa fica proibida de divulgar quaisquer novas falas do ex-presidente.
Bolsonaro concederia uma entrevista ao portal Metrópoles e cancelou por causa da decisão. Também estava prevista a participação em uma entrevista coletiva na Câmara, da qual o ex-presidente não deve mais participar.
A Gazeta do Povo questionou o STF se, com as entrevistas já realizadas e transmitidas na internet e nas redes sociais, o ministro considera que já houve descumprimento da proibição imposta, e com isso, já estaria satisfeita a condição para a decretação de uma prisão preventiva. Não houve esclarecimento.
Fonte: Gazeta