O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, anunciou nesta sexta-feira que o país aplicou sanções a 18 espiões russos e a três agências de informação militar do Kremlin que teriam realizado ataques cibernéticos na Grã-Bretanha.
De acordo com as autoridades britânicas, a medida se deu após a descoberta de que agentes do regime do ditador Vladimir Putin teriam atacado, nos últimos anos, meios de comunicação, provedores de telecomunicações, instituições políticas e democráticas, além da infraestrutura energética do Reino Unido.
“Os espiões russos estão fazendo uma campanha para desestabilizar a Europa, minar a soberania da Ucrânia e ameaçar a segurança dos cidadãos britânicos”, afirmou o ministro nas redes sociais.
“O Kremlin não deveria ter dúvidas. Nós vemos o que eles estão tentando fazer nas sombras e não vamos tolerar isso. É por isso que estamos tomando medidas decisivas com sanções contra os espiões russos”.
Os nomes dos supostos espiões foram publicados na Internet. As sanções do Reino Unido geralmente envolvem congelamento de ativos e proibição de viajar, de acordo com o jornal The Guardian.
Lammy também aproveitou para reforçar o apoio britânico à luta da Ucrânia contra a invasão russa. “As ameaças híbridas e a agressão de Putin nunca quebrarão nossa determinação. O apoio do Reino Unido e de nossos aliados à Ucrânia e à segurança da Europa é irrefutável.”
A Inteligência do Reino Unido também acredita que o grupo de hackers por trás dos ataques tem ligação com o bombardeio ao teatro de Mariupol, na Ucrânia, em maio de 2022, três meses após a invasão da Rússia. Na ocasião, centenas de civis — incluindo crianças — foram mortos.
Fonte: Gazeta