O Kremlin comunicou nesta sexta-feira (18) que o WhatsApp deve cumprir totalmente as leis locais, uma declaração que vem em meio a crescentes rumores de que o serviço de mensagens será bloqueado em breve no país.
“Na Federação Russa, ele é o serviço mais popular. É claro que há certas obrigações com as leis da Rússia, todas as leis devem ser cumpridas”, disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, em entrevista coletiva diária.
Peskov respondeu assim a uma pergunta sobre rumores do possível bloqueio do WhatsApp, que é de propriedade da Meta, que foi declarada uma empresa extremista no país.
O deputado russo Anton Gorelkin disse horas antes que “é hora de o WhatsApp se preparar para deixar o mercado russo”.
“É muito provável que o serviço de mensagens, que pertence à organização extremista Meta, seja incluído na lista de softwares de países hostis sujeitos a restrições, que o governo russo está elaborando por ordem do presidente [o ditador Vladimir Putin]”, ameaçou.
O governo russo havia se comprometido anteriormente a elaborar a lista até 1º de setembro.
De acordo com o deputado, a lacuna deixada pelo WhatApp poderia ser preenchida pelo aplicativo doméstico de mensagens MAX.
Nos últimos anos, o governo russo vem tentando controlar o acesso a determinados conteúdos na internet, bem como a canais de comunicação e redes sociais.
Esse controle aumentou drasticamente com o início da guerra na Ucrânia em 2022, quando o Kremlin proibiu o acesso a determinadas plataformas e serviços, incluindo a oposição e a mídia estrangeira, mas também aplicativos e redes sociais como Facebook e Instagram.
Fonte: Gazeta