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Quem são os drusos e por que Israel faz questão de defendê-los?

16/07/2025
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Quem são os drusos e por que Israel faz questão de defendê-los?

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Nesta quarta-feira (16), o exército israelense bombardeou a sede do Ministério da Defesa da Síria, localizada na capital do país, Damasco. Segundo Israel, o objetivo era atingir a sede militar de onde autoridades sírias planejam ações violentas contra a comunidade drusa.

Nos últimos dias, rebeldes do Hay’at Tahrir al-Sham (HTS) — grupo que atualmente controla a Síria — e outras milícias armadas do país invadiram a cidade de Al-Sweida, ao sul, perto da fronteira com Israel, e iniciaram ataques diretos contra os drusos que vivem na região.

O jornal Times of Israel afirmou que testemunhas relataram que as forças do governo sírio acabaram se unindo aos beduínos para atacar os drusos em uma onda sangrenta pela cidade.

Além dos cerca de 30 mortos em confrontos, os rebeldes sírios torturaram, humilharam e executaram drusos na cidade, segundo os relatos. A resposta veio através de Israel, com ataques iniciados na terça-feira e intensificados nesta quarta, atingindo inclusive alvos em Damasco e prédios governamentais.

Os objetivos da ofensiva israelense são claros: proteger a comunidade drusa — inclusive atacando alvos militares na capital de onde os comandantes sírios dirigem suas operações contra essa comunidade —, garantir a desmilitarização da fronteira e, segundo o premiê Benjamin Netanyahu, impedir que a Síria se torne um “segundo Líbano”.

Mas quem são os drusos, por que rebeldes sírios estão atacando-os e o que explica Israel ter agido militarmente para defendê-los?

Quem são os drusos?

Originários do Egito no século XI, os drusos nasceram a partir de uma vertente esotérica do Islã, e por isso, acabaram se diferenciando bastante da crença muçulmana. O grupo pratica um ramo dissidente que não permite conversões – nem para dentro nem para fora da religião – e casamentos mistos. Mesmo falando árabe, preferem viver nas montanhas, pois se julgam mais protegidos.

Drusos nas Colinas de Golã, controladas por Israel, retornam à Síria em março deste ano (Foto: EFE/EPA/ATEF SAFADI)

A comunidade acabou se transformando em um grupo secreto, também por receio de perseguições por parte de fanáticos religiosos islâmicos — fator que contribuiu para a permanência de uma aura misteriosa em torno de suas crenças.

Monoteístas e influenciados por diversas correntes de pensamento do Levante e do Mediterrâneo, inclusive pela filosofia grega, tradicionalmente se adaptaram às condições dos lugares onde viviam, como forma de garantir sua sobrevivência, principalmente em Israel.

Até 1948, antes da formação do Estado de Israel, os drusos não tinham autonomia nem reconhecimento de suas especificidades na região. No entanto, após a criação de Israel, integraram-se à sociedade israelense, passando a se alistar nas Forças de Defesa de Israel (FDI) e a contar com garantias de segurança, representatividade política e acesso a cargos públicos.

Entre 2014 e 2015, por exemplo, o embaixador de Israel no Brasil era Reda Mansour, de origem drusa e nascido na aldeia de Isfiya, no norte do país.

A participação militar é uma das principais diferenças dos drusos em relação a outras minorias vivendo em Israel, como os muçulmanos e os cristãos, estes, isentos do serviço militar obrigatório.

Estatísticas indicam que 60% dos homens drusos já serviram às forças armadas israelenses, tanto nas guerras travadas desde a independência quanto em combates atuais contra grupos terroristas islâmicos.

Drusos também já atuaram como intérpretes militares, em função do domínio do idioma árabe. Assim, embora pouco numerosos, acabaram se tornando a minoria mais influente e identificada com Israel.

Por um pequeno período em 2007, o parlamentar druso Majalli Wahabi chegou a ocupar de maneira interina a presidência de Israel durante a ausência do titular. Dessa forma, Wahabi se tornou o primeiro não-judeu a servir como chefe de Estado na história de Israel, algo marcante na história da comunidade drusa e do país.

Atualmente, além de Israel, existe uma significativa comunidade drusa no Líbano e na Síria, e sua população se aproxima de 1 milhão.

“Israel é lar de 200 mil drusos, isso inclui os que vivem nas Colinas do Golã e drusos na Galileia. Israel é um país multiétnico com várias minorias, uma democracia liberal. Os drusos são uma minoria também no Líbano e na Síria – que concentra a maior população da comunidade da região, com mais de 500 mil pessoas”, afirmou André Lajst, cientista político e presidente executivo da StandWithUs Brasil, à Gazeta do Povo.

Região de importância histórica para ambos os países, cerca de 20 mil drusos vivem nas Colinas de Golã, um planalto estratégico conquistado por Israel em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, após confrontos com Egito, Síria e Jordânia.

Porque os rebeldes sírios estão travando conflitos contra a comunidade drusa?

Após a queda da dinastia de Bashar Al-Saad, o novo líder da Síria, Ahmed al-Sharaa, também conhecido como Al-Jolani, fez a promessa de incluir socialmente e proteger todas as comunidades diversas e minoritárias no país.

Entretanto, o que se vê é o contrário: forças extremistas do HTS e demais rebeldes leais à liderança do país continuaram a confrontar violentamente as minorias religiosas, incluindo a comunidade drusa. Nas redes sociais, extremistas compartilham vídeos de abusos e humilhações.

Em março deste ano, forças rebeldes mataram centenas de pessoas, incluindo minorias religiosas e apoiadores de Assad.

A principal questão para Al-Jolani envolve unificar, junto às diversas milícias rebeldes do país, um exército próprio. Entretanto, milícias drusas se recusam a entregar suas armas e insistem em se manter independentes.

Al-Jolani, líder do HTS, que controla a Síria (Foto: EFE/EPA/GIUSEPPE LAMI)

A comunidade drusa, que se opunha ao regime anterior, mantém cautela ao apoiar Al-Jolani – cujo histórico inclui passagem pelo grupo jihadista terrorista Al-Qaeda. Membros do governo israelense já expressaram publicamente o desejo de eliminação do líder do HTS.

É o caso do ministro para Assuntos da Diáspora e Combate ao Antissemitismo de Israel, Amichai Chikli, que na terça-feira classificou Al-Jolani como “terrorista” e “assassino bárbaro” e expressou abertamente que deseja sua eliminação.

“Não devemos ficar de braços cruzados diante do regime terrorista islâmico-nazista da Al-Qaeda, de terno e gravata. Quem pensa que Ahmed Al-Sharaa é um líder legítimo está profundamente enganado. Ele é um terrorista, um assassino bárbaro que deve ser eliminado imediatamente”, afirmou Chikli em postagem no X.

A comunidade drusa local expressa extrema preocupação em relação à exclusão de seus líderes no processo de diálogo com Al-Jolani e na construção de um governo nacional.

Nesta quarta-feira, após o anúncio de um cessar-fogo que durou menos de um dia, o Ministério da Defesa afirmou que “grupos ilegais” — referindo-se, entre outros, à comunidade drusa — retomaram os ataques contra as forças do governo, provocando retaliações. As informações foram divulgadas pela agência estatal de notícias Sana.

Lajst afirma que a comunidade drusa na Síria “está sendo constantemente atacada após a queda do regime de Bashar Al-Asaad” pelos rebeldes sírios.

“O exército sírio, na verdade, é um conjunto de forças rebeldes armadas que muitas vezes estão totalmente desconectadas do poder central em Damasco. Muitas vezes fazem ações de guerrilha, atentados terroristas, matando, mutilando e oprimindo minorias que não são sunitas como esses rebeldes armados”, diz o especialista.

Porque Israel assumiu a defesa dos drusos?

Logo após os novos conflitos envolvendo a perseguição à comunidade drusa, Netanyahu foi enfático ao afirmar que Israel estava “comprometido em evitar danos aos drusos na Síria”, destacando como razão a “profunda aliança fraternal” entre os cidadãos israelenses e o povo druso. Ressaltou ainda os “laços familiares e históricos com os drusos” no território sírio.

Um menino nos ombros do pai agita duas bandeiras drusas durante uma manifestação contra a polêmica “Lei do Estado-Nação” na Praça Rabin, em Tel Aviv, Israel, em 4 de agosto de 2018. O prédio da prefeitura de Tel Aviv foi iluminado com as cores da bandeira da comunidade drusa. (Foto: EFE/EPA/JIM HOLLANDER)

Além disso, Israel se opôs à presença de forças rebeldes próximas à sua fronteira com a Síria, afirmando que “proíbe a introdução de forças e armamentos no sul do país”.

A afirmação foi vista pela liderança síria como uma violação à soberania síria e, também na última terça, o líder espiritual druso, Hikmat Al-Hijri, pediu proteção internacional de “todos os países” para “enfrentar a campanha bárbara” do governo e das forças aliadas “usando todos os meios possíveis”.

“Estamos enfrentando uma guerra de extermínio completa”, declarou Al-Hijri.

Nesta quarta, o conflito escalou e chegou à capital síria, Damasco. As FDI, que anteriormente haviam atacado locais próximos à região fronteiriça, bombardearam a sede do Ministério da Defesa do país vizinho e as imediações do Palácio Presidencial na capital.

O exército israelense explicou que o local alvejado é a sede militar de onde os comandantes sírios dirigem suas operações contra os drusos na província meridional de Al-Sweida, no sul da Síria, ao mesmo tempo em que anunciou pelo menos mais um ataque contra outro alvo militar perto do Palácio Presidencial.

Ainda nesta quarta-feira, o caos se instaurou também na fronteira israelense, depois que milhares de drusos de Israel, residentes nas Colinas de Golã, tentaram atravessar a divisa, na tentativa de auxiliar o próprio povo atacado pelos rebeldes.

De acordo com a imprensa local, as FDI reconheceram que policiais de fronteira cruzaram a divisa para trazer os drusos de volta a Israel.

Netanyahu se manifestou, pedindo aos drusos residentes em Israel que não cruzem a fronteira, advertindo-os de que “podem ser mortos ou sequestrados”.

“Vocês estão arriscando suas vidas, podem ser assassinados, sequestrados e estão prejudicando os esforços das FDI”, afirmou o premiê.

As FDI “continuarão a operar vigorosamente em Al-Sweida para destruir as forças que atacaram os drusos até sua retirada total”, acrescentou o ministro da Defesa, Israel Katz, que compartilhou um vídeo no X mostrando o momento exato de um bombardeio israelense em Damasco registrado em uma reportagem ao vivo da Síria.

Para André Lajst, os recentes acontecimentos “mostram o total descontrole que o governo central sírio tem em relação às suas forças”.

Ele afirma que o objetivo da ofensiva israelense é “mandar uma mensagem muito clara ao novo regime da Síria, de que não tolerarão ataques dessas forças sírias contra a comunidade drusa”.

“Aparentemente, esse recado foi entendido e um cessar-fogo deverá ser acordado para impedir que os drusos sejam atacados por forças sírias”, projeta.

Questionado sobre a possibilidades de laços futuros entre Israel e o novo governo sírio liderado por Al-Jolani, Lajst afirma que “é cedo para dizer quais são as reais intenções do novo governo e as capacidades que ele tem de controlar todo o território sírio, unificar as diversas facções e populações e conseguir construir um governo democrático, que proteja os direitos humanos dentro do país”.

“Israel, assim como outros poderes ocidentais, vai analisar isso. É de interesse, de forma genérica, do governo israelense manter relações com todos os vizinhos e conseguir desescalar situações violentas para que haja paz na região. Mas todo cuidado é pouco, uma vez que este novo governo já tem provado que não tem controle de todo o seu território e que não tem controle de todas as populações que vivem dentro do território sírio”, alerta Lajst.

“Há muito trabalho a ser feito ainda por parte do governo sírio para que as potências ocidentais e o mundo livre passem a confiar na estabilidade e na continuidade desse governo.”

Fonte: Gazeta

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