O exército israelense afirmou nesta segunda-feira (14) que atacou vários tanques sírios identificados entre Al Mazraah e Sami, “avançando” em direção a Al Sueida, localizado no sul da Síria, “para impedir sua chegada à região”, próximo a fronteira com Israel.
“A presença desses ativos no sul da Síria poderia representar uma ameaça para o Estado de Israel. O Exército não permitirá o estabelecimento de uma ameaça militar no sul da Síria e operará contra ela”, diz a nota militar, acrescentando que a área continua sob monitoramento.
O ataque israelense ocorre após confrontos nos últimos dias entre grupos militares locais e clãs da cidade de Al Sueida, de maioria drusa, que deixaram cerca de 30 mortos e mais de uma centena de feridos, segundo dados do Ministério do Interior da Síria.
O departamento governamental sírio explicou que os combates “eclodiram em um contexto de tensões acumuladas em épocas anteriores” e alertou que “a ausência de instituições oficiais agravou o caos e a deterioração da segurança”.
Desde a chegada dos rebeldes a Damasco, que culminou com a queda do regime de Bashar al-Assad no final de dezembro, Israel mantém tropas implantadas na zona desmilitarizada das Colinas de Golã.
O governo de Benjamin Netanyahu advertiu que não permitirá que grupos armados, incluindo os do novo governo sírio, se instalem na zona sul do país.
Com o fim da dinastia de Bashar al-Assad, Israel também bombardeou em diversas ocasiões alguns pontos do país. O premiê israelense justifica essas ações alegando que tem um compromisso com a comunidade drusa “unida por laços familiares e histórias com os irmãos drusos de Israel”.
No mês de maio, Israel realizou algumas evacuações de sírios drusos feridos para Israel.
Atualmente residem cerca de 24.000 drusos – muitos com passaporte israelense – nas Colinas do Golã.
Fonte: Gazeta