O Parlamento do Reino Unido aprovou, nesta quarta-feira (2), o banimento do grupo pró-Palestina conhecido como Palestine Action, que invadiu uma base aérea militar do Reino Unido há duas semanas e danificou duas aeronaves militares da base de RAF Brize Norton.
Com 382 votos a 26, os membros da Câmara dos Comuns inglesa votaram a favor da proibição das atividades do grupo com sede na Inglaterra, que visa interromper as operações dos fabricantes de armas fornecedores do governo israelense.
À época, três pessoas foram detidas, acusadas dos atos de vandalismo: uma mulher de 29 anos e dois homens de 36 e 24 anos, presos em Londres e na localidade de Newbury, no condado de Berkshire, no sul da Inglaterra, sob suspeita de cometer, preparar e instigar atos terroristas, indicou a fonte.
De acordo com o veículo de notícias americano CNN, uma fonte interna do Ministério da Defesa do Reino Unido afirmou que nenhum dos RAF Voyagers vandalizados pelo grupo carregava mantimentos e armamentos para Israel, nem que havia a previsão de que as aeronaves tivessem tal utilidade no confronto do Oriente Médio.
Após passar pela Câmara Baixa do Parlamento, o projeto que prevê o banimento do Palestine Action do Reino Unido chegará à Câmara dos Lordes na próxima quinta-feira. Caso seja aprovada pela chamada “Câmara Alta”, a proibição entraria em vigor imediatamente e colocaria o Palestine Action ao lado de organizações terroristas como o Hamas, a Al Qaeda e o Estado Islâmico.
No início desta semana, o Palestine Action anunciou que iniciará um processo legal contra o governo britânico. Huda Ammori, co-fundadora da organização, disse que a decisão do Parlamento inglês reflete “muitos regimes autoritários em todo o mundo que usaram o antiterrorismo para esmagar a dissidência”.
Se a proibição entrar em vigor, aqueles que desafiarem a proibição podem enfrentar até 14 anos de prisão, de acordo com a polícia antiterrorista do Reino Unido.
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Fonte: Gazeta