O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse no domingo (29) que a vitória do seu país na “guerra de 12 dias” contra o Irã abriu “amplas possibilidades regionais”, incluindo a derrota final do Hamas e a libertação dos reféns ainda mantidos no enclave palestino.
“Como vocês provavelmente sabem, muitas oportunidades se abriram após esta vitória. Primeiramente, resgatar os reféns. É claro que também precisaremos resolver a questão de Gaza e derrotar o Hamas, mas acredito que cumpriremos ambas as missões”, disse Netanyahu durante visita às instalações do Shin Bet, a agência de inteligência israelense localizada no sul de Israel.
As declarações mais recentes do premiê israelense sobre Gaza surgem após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, renovar a pressão para um cessar-fogo no conflito iniciado em 7 de outubro de 2023.
A última proposta do enviado dos EUA, Steve Witkoff, defende uma trégua de 60 dias nos combates em Gaza e a libertação de 10 reféns vivos e 18 reféns mortos em troca de prisioneiros palestinos.
Nesses dois meses, Israel e Hamas negociariam um acordo mais abrangente de cessar-fogo com o objetivo de encerrar a guerra que já dura mais de 20 meses, uma exigência do grupo palestino, que sofreu perdas inestimáveis.
Outra porta que se abre para Israel com a guerra dos 12 dias no Irã é a possibilidade de mais países buscarem normalizar as relações com o país na região, algo que Trump ressaltou inúmeras vezes nos últimos dias.
O presidente americano espera que mais países se juntem aos acordos de Abraão, promovidos durante seu primeiro mandato para normalizar as relações entre Israel e Estados árabes – até o momento Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Sudão e Marrocos fazem parte do acordo.
“Vamos começar a trazer países para os Acordos de Abraão”, declarou Trump no domingo em comentários à emissora Fox News.
O enviado dos EUA para a Síria, Tom Barrack, afirmou em entrevista nesta segunda-feira (30) à agência de notícias estatal turca Anadolu que tanto Síria como Líbano “precisam” chegar à paz com Israel.
O ministro das Relações Exteriores israelense, Gideon Saar, também defendeu a proposta durante uma coletiva de imprensa. “Estamos interessados em adicionar países como a Síria e o Líbano, nossos vizinhos, ao círculo de paz e normalização, salvaguardando, ao mesmo tempo, os interesses essenciais e de segurança de Israel”, disse Saar em um pronunciamento na sede de sua pasta ao lado da ministra austríaca para Assuntos Europeus e Internacionais, Beate Meinl-Reisinger.
Em 24 de junho, o conselheiro de Segurança Nacional de Israel, Tzachi Hanegbi, disse que Israel estava em negociações com a Síria na tentativa de normalizar as relações com o país vizinho.
Fonte: Gazeta