O governo da Argentina anunciou, nesta quinta-feira (26), que já cortou mais de 50 mil cargos públicos desde a posse do presidente Javier Milei, medida que, segundo autoridades, representa uma economia anual de aproximadamente US$ 2 bilhões aos cofres públicos.
“Em maio superamos as 50 mil desvinculações desde que Javier [Milei] chegou ao governo, sem impactar significativamente os serviços prestados”, afirmou Federico Sturzenegger, ministro da Desregulação e Transformação do Estado, durante congresso do partido Liberdade Avança, legenda do presidente argentino.
Sturzenegger destacou que o enxugamento da máquina pública evidencia que boa parte desses postos de trabalho “infelizmente não possuíam real utilidade”. Segundo gráfico divulgado pelo ministro, entre dezembro de 2023 e maio de 2025, foram eliminados 50.591 cargos estatais: 29.499 na administração pública, 15.592 em empresas estatais e 5.500 ligados às forças armadas e de segurança.
“Continua a motosserra. Cada peso que o Estado economiza é um peso a menos tirado do bolso dos cidadãos”, escreveu o ministro em suas redes sociais, reforçando o compromisso do governo com o ajuste fiscal.
De acordo com o portal de notícias CNN, apesar do impacto positivo nas contas públicas, a medida tem gerado reações de sindicatos ligados ao funcionalismo. A Associação de Trabalhadores do Estado (ATE) critica as demissões, que, segundo a entidade, enfraquecem políticas públicas e afetam serviços essenciais, como saúde, previdência e previsão meteorológica.
“A redução de pessoal compromete áreas vitais como o serviço de vacinas, o Instituto Nacional do Câncer e o atendimento em hospitais”, afirmou Rodolfo Aguiar, secretário-geral da ATE.
Fonte: Gazeta