O regime islâmico do Irã admitiu pela primeira vez nesta quinta-feira (26) que os ataques lançados pelos Estados Unidos no sábado (21) contra suas instalações nucleares provocaram “danos extensos e graves”.
A declaração foi feita pelo ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, durante uma coletiva de imprensa em Istambul, na Turquia, no momento em que o país avança para suspender sua cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão das Nações Unidas responsável pela fiscalização nuclear.
Segundo Araghchi, a extensão dos danos ainda está sendo avaliada e o regime islâmico discute se irá permitir a entrada de inspetores internacionais.
“Devo dizer que o dano é extenso e sério, mas se os inspetores da AIEA devem vir e ser totalmente informados é uma decisão que deve ser tomada de acordo com a lei do parlamento”, afirmou o chanceler em entrevista ao canal estatal IRINN. “Na minha opinião, o Conselho Supremo de Segurança Nacional deve tomar essa decisão”, completou.
Os Estados Unidos e Israel aumentaram nesta quinta a pressão sobre o regime dos aiatolás. Segundo o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, ambos os países exigiram que o Irã entregue todo o urânio enriquecido sob sua posse. Mais cedo, o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, reapareceu dizendo que seu país derrotou Israel, declaração que foi rejeitada pela Casa Branca.
Fonte: Gazeta