Os Estados Unidos minimizaram as declarações feitas nesta quinta-feira (26) pelo líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, que afirmou ter derrotado Israel, mesmo após sofrer fortes danos em seu programa nuclear durante a Guerra dos 12 dias. A resposta americana veio após Khamenei reaparecer publicamente em meio a uma onda de especulações sobre seu estado de saúde.
Durante uma coletiva em Washington, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que declarações como as de Khamenei são esperadas em regimes autoritários e visam preservar a imagem do poder diante da população.
“Quando você tem um regime totalitário, precisa manter as aparências. Qualquer pessoa com bom senso sabe a verdade sobre os ataques de sábado à noite — eles foram extremamente bem-sucedidos e levaram ao acordo de cessar-fogo entre Israel e Irã, algo pelo qual o presidente está muito grato”, declarou Leavitt a jornalistas.
O pronunciamento de Khamenei foi transmitido nesta quinta por meio da agência estatal iraniana IRNA. Na ocasião, ele disse que “apesar de todo esse barulho e de todas essas alegações, o regime sionista quase entrou em colapso e foi esmagado pelos golpes da República Islâmica”. Em referência aos Estados Unidos, acrescentou que os americanos não “ganharam nada ao entrar na guerra”.
Segundo fontes da inteligência americana, os ataques aéreos realizados por Israel e pelos EUA durante o confronto causaram danos significativos ao programa nuclear iraniano e à infraestrutura militar do país.
O reaparecimento de Khamenei ocorre após quase uma semana sem manifestações públicas, o que gerou especulações internas e preocupação entre autoridades iranianas quanto à liderança do país durante a maior crise recente da República Islâmica. A fala do aiatolá, feita em local não revelado, buscou afastar rumores sobre sua saúde e reafirmar o discurso oficial de resistência contra o Ocidente.
Fonte: Gazeta