A Suprema Corte dos Estados Unidos autorizou nesta quinta-feira (26) que o governo da Carolina do Sul retire o financiamento estadual da Planned Parenthood, uma organização presente em vários estados americanos que realiza abortos.
A decisão da Suprema Corte abre jurisprudência para que outros estados americanos cortem o direcionamento de recursos públicos para a Planned Parenthood.
Segundo informações da agência Reuters, a corte decidiu, por seis votos a três, anular uma decisão de um tribunal inferior que havia impedido a Carolina do Sul de encerrar a participação de uma afiliada local da Planned Parenthood no programa Medicaid estadual, que oferece cobertura de saúde para americanos de baixa renda.
O processo havia sido ingressado em 2018 pela afiliada da organização e por uma beneficiária do Medicaid, Julie Edwards, depois que o governo republicano da Carolina do Sul determinou que fosse encerrada a participação da Planned Parenthood no programa estadual, sob a alegação de que qualquer provedor de aborto não está qualificado para fornecer serviços de planejamento familiar.
“[Esse processo] diz respeito a quem governa a Carolina do Sul — nossos líderes eleitos ou ativistas de fora do estado e juízes não eleitos. Estamos felizes que o tribunal tenha acertado”, comemorou o procurador-geral da Carolina do Sul, Alan Wilson.
Já a presidente nacional da Planned Parenthood, Alexis McGill Johnson, lamentou a decisão. “Hoje, a Suprema Corte mais uma vez ficou do lado de políticos que acreditam saber mais do que você, que querem te impedir de consultar seu profissional de saúde de confiança e de tomar suas próprias decisões sobre saúde”, criticou.
Fonte: Gazeta