Donald Trump anunciou nesta sexta-feira (21) que Ruanda e a República Democrática do Congo formalizarão um acordo de paz na próxima segunda-feira (24), em cerimônia que ocorrerá em Washington. A assinatura havia sido inicialmente marcada para o dia 27.
Segundo o ex-presidente americano, o entendimento representa um marco diplomático relevante: “É um grande dia para a África e, sinceramente, um grande dia para o mundo”, escreveu ele na rede Truth Social.
O pacto, cujos termos foram definidos no último dia 18 com mediação dos Estados Unidos, contempla compromissos como a preservação das fronteiras nacionais, o fim das hostilidades, a retirada de milícias e sua possível reintegração, além de medidas humanitárias e de cooperação econômica regional. Um mecanismo conjunto de segurança também será implementado.
Trump atribuiu a si próprio o mérito pela realização do tratado e afirmou ter trabalhado ao lado do secretário de Estado Marco Rubio. “Concluímos um acordo extraordinário entre Congo e Ruanda, dois países devastados por uma guerra sangrenta e prolongada. Poucos conflitos no mundo produziram tanto sofrimento”, afirmou.
O ex-presidente ainda se queixou, em tom irônico, da falta de reconhecimento internacional: “Não importa o que eu faça – seja na Rússia/Ucrânia ou Israel/Irã –, jamais receberei um Nobel da Paz. Mas as pessoas sabem do meu trabalho, e isso me basta”.
A violência entre os dois países recrudesceu no início do ano, quando o grupo rebelde M23, com apoio de Ruanda, tomou o controle de Goma, capital de Kivu do Norte, que era protegida por forças da ONU, que incluíam cinco militares brasileiros, e avançou para Bukavu, em Kivu do Sul – regiões com grande riqueza mineral, localizadas no leste congolês. (Com informações da agência EFE).
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Fonte: Gazeta