O Exército de Israel convidou nesta quarta-feira (18) os iranianos “preocupados” com a situação em seu país a entrarem em contato com o serviço de inteligência estrangeiro israelense (Mossad) em busca de uma maneira de melhorar sua situação, segundo um comunicado publicado em seu perfil em persa no X.
“Mesmo aqueles que se identificam como membros das agências de segurança do regime expressam seu medo, desespero e raiva pelo que está acontecendo no Irã e nos pedem para contactar as autoridades israelenses para que o Irã não sofra o mesmo destino do Líbano e de Gaza”, declarou o Exército de Israel.
“Não somos a autoridade competente para tais solicitações. Mas o mínimo que podemos fazer é encaminhá-los ao site do Mossad”, disseram as Forças Armadas.
“Talvez ali vocês encontrem uma nova maneira de melhorar sua situação”, acrescentaram.
Desde o início do conflito, na sexta-feira passada (13), o Exército israelense e outras autoridades, como o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, têm se dirigido diretamente aos iranianos com o argumento de que sua operação permitirá sua “libertação” do regime do aiatolá Ali Khamenei.
Além disso, fontes de segurança israelenses reconheceram que o Mossad está operando dentro do Irã durante esta guerra.
Na sexta-feira, logo após Israel lançar os primeiros bombardeios contra o Irã, essas fontes afirmaram que o Mossad havia plantado lançadores de drones em seu território, que foram usados na primeira onda de ataques.
“O regime não sabe o que aconteceu ou o que acontecerá. Nunca esteve tão fraco. Esta é a sua chance de se levantar e fazer sua voz ser ouvida”, disse Netanyahu na sexta-feira em uma mensagem de vídeo compartilhada por seu gabinete.
Israel começou a bombardear o Irã na madrugada da última sexta-feira, usando como justificativa os avanços no programa nuclear da República Islâmica e a ameaça representada ao país pela fabricação de mísseis balísticos.
Desde então, suas aeronaves atacaram infraestrutura militar (como sistemas de defesa aérea e depósitos de mísseis balísticos) e usinas nucleares (Natanz, Isfahan e Fordow), mas também oficiais de alta patente da Guarda Revolucionária Iraniana e cientistas nucleares.
No Irã, os ataques causaram 585 mortes, de acordo com a ONG iraniana Hrana, com sede nos Estados Unidos, embora o governo reduza essa cifra para 224 vítimas fatais.
Enquanto isso, em Israel, os lançamentos de mísseis iranianos mataram 24 pessoas, segundo autoridades israelenses.
Fonte: Gazeta