O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou nesta quarta-feira (18) que “os símbolos do regime iraniano” estão sendo destruídos e que “é assim que as ditaduras entram em colapso”, segundo uma mensagem em seu perfil nas redes sociais.
“Um tornado sobrevoa Teerã. Os símbolos do regime iraniano estão sendo bombardeados e destruídos, desde a Autoridade de Radiodifusão até outros alvos, e multidões de moradores estão fugindo. É assim que as ditaduras entram em colapso”, declarou Katz.
O porta-voz do Exército israelense, Effie Defrin, informou nesta quarta-feira que Israel já atacou mais de 1.100 alvos militares no Irã, incluindo componentes nucleares, mísseis e instalações de produção de armas, e enfatizou que as forças militares continuarão a neutralizar “sistematicamente” os elementos que representam uma ameaça nuclear.
“Até o momento, atacamos mais de 1.100 componentes diferentes em todo o Irã (…) Temos o objetivo claro de desestabilizar significativamente o programa nuclear em todos os seus componentes e causar danos substanciais à rede de mísseis”, ressaltou o porta-voz durante um pronunciamento em vídeo.
Defrin também confirmou que a Força Aérea israelense atacou cinco helicópteros de ataque AH-1 iranianos no aeroporto de Kermanshah, uma cidade no oeste do Irã.
Além disso, se referiu à mais recente intervenção israelense contra Teerã na noite de terça-feira, detalhando que a operação, que durou “mais de três horas e envolveu mais de 50 aeronaves de combate”, teve como alvos locais de produção de armas e mísseis.
Esta quarta-feira marcou o sexto dia consecutivo de troca de agressões entre os países. Desde a madrugada da última sexta-feira, Israel realiza uma campanha massiva de bombardeios em várias localidades no Irã, que respondeu com lançamentos de mísseis que já mataram pelo menos 24 pessoas nos arredores de Tel Aviv.
Israel relaxa medidas de segurança e reabre locais de trabalho com bunkers
O Comando da Frente Interior, braço militar de Israel responsável por emitir diretrizes à população civil em caso de crise ou guerra, decidiu flexibilizar as medidas de segurança no país devido à ofensiva contra o Irã a partir das 18h desta quarta-feira (hora local, 12h de Brasília), e permitiu a reabertura de locais de trabalho que contam com abrigos antiaéreos.
“Como parte das mudanças, locais de trabalho com abrigos antiaéreos acessíveis podem retomar as operações e receber seus funcionários. Além disso, são permitidas aglomerações de até 30 pessoas, desde que seja possível chegar rapidamente a um espaço protegido”, anunciou a entidade em um comunicado.
As diretrizes se aplicam a todas as partes do país, com algumas regras diferentes para áreas da fronteira. Em todo o território israelense, praias e centros educacionais permanecerão fechados, embora as regras permitam a possível abertura de algumas escolas na fronteira norte com o Líbano.
Fonte: Gazeta