O juiz federal Michael Farbiarz, do Tribunal Distrital de Newark, em Nova Jersey, decidiu nesta sexta-feira (13) negar o pedido de liberdade de Mahmoud Khalil, ativista pró-Palestina e ex-estudante da Universidade de Columbia, detido desde março em um centro de imigração no estado da Louisiana.
Khalil foi preso após ter seu green card revogado pelo Departamento de Estado dos EUA. Ele foi acusado de fraude migratória para obter seu green card e de ser simpático ao grupo terrorista Hamas. Segundo a agência Reuters, os advogados do ativista não conseguiram demonstrar ao tribunal que a detenção de Khalil era ilegal, conforme exigido pela lei.
A decisão do juiz Farbiarz marca mais um capítulo na disputa judicial envolvendo Khalil, que se tornou figura de destaque nos protestos universitários contra Israel em Nova York, em 2024. O governo do presidente Donald Trump justificou a detenção do ativista com base em uma norma da legislação migratória americana, que permite ao secretário de Estado solicitar a deportação de estrangeiros considerados prejudiciais aos interesses de política externa dos Estados Unidos. No atual governo, o cargo é ocupado por Marco Rubio.
Ainda de acordo com a Reuters, a defesa de Khalil afirmou que o governo “praticamente nunca deteve pessoas por fraude migratória” e que o ativista estaria sendo punido por “opor-se à guerra dos EUA e de Israel contra Gaza, após o ataque do Hamas em outubro de 2023”. Apesar do argumento dos advogados, o juiz declarou que Khalil deve permanecer detido até novo posicionamento do governo, recomendando que seus representantes protocolem um pedido de fiança junto ao juiz de imigração responsável pelo caso.
Fonte: Gazeta