Um ex-assistente do presidente de Taiwan, Lai Ching-te, foi acusado nesta terça-feira (10) de traição e espionagem após, segundo a Promotoria, compartilhar segredos de Estado com agentes do regime comunista da China durante um longo período. A denúncia, que envolve outros três ex-membros do partido governista, expõe a preocupação de Taipé com a infiltração de Pequim e o risco à segurança nacional da ilha.
O caso veio à tona após uma investigação conduzida pela Promotoria do Distrito de Taipé, que pediu penas de até 18 anos de prisão para os acusados.
Segundo a Promotoria, os quatro investigados faziam parte do Partido Democrático Progressista (PDP), legenda do atual presidente, mas foram expulsos após surgirem as suspeitas de envolvimento com a espionagem. Um quinto ex-membro do partido permanece sob investigação. A Promotoria informou que “o compartilhamento de informações diplomáticas sensíveis com a China ocorreu durante um tempo prolongado”, trazendo “dano significativo à segurança nacional”.
De acordo com o comunicado oficial, as acusações se baseiam em violações à Lei de Proteção de Informações Classificadas e à Lei de Segurança Nacional de Taiwan. Entre as provas reunidas, os promotores citam trocas de mensagens e movimentações financeiras suspeitas, indicando que parte do grupo teria recebido pagamentos ilícitos em troca do envio de documentos confidenciais para autoridades chinesas. O caso também envolve denúncias de lavagem de dinheiro, elevando o montante ilegal movimentado a mais de 8,3 milhões de dólares taiwaneses (aproximadamente 277 mil dólares americanos).
Fonte: Gazeta