Após dois dias de negociações em Londres, funcionários dos governos dos Estados Unidos e da China anunciaram nesta terça-feira (10) que concordaram a respeito da “estrutura” de um acordo para aliviar as tensões comerciais entre os dois países.
As negociações ocorreram após um telefone na última quinta-feira (5) entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o ditador chinês, Xi Jinping, diálogo que o mandatário americano classificou como “muito produtivo”.
Antes, representantes dos dois países haviam negociado por dois dias em Genebra no mês passado.
“Chegamos a uma estrutura para implementar o consenso de Genebra”, disse o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, a jornalistas em Londres, segundo informações da BBC. “Assim que os presidentes o aprovarem, buscaremos implementá-lo”, acrescentou.
“Os dois lados, em princípio, chegaram a uma estrutura para implementar o consenso alcançado pelos dois chefes de Estado durante a conversa telefônica de 5 de junho e o consenso alcançado na reunião de Genebra”, disse o negociador comercial da China, Li Chenggang.
No seu primeiro mandato (2017-2021), Trump iniciou uma guerra tarifária com a China, que foi mantida pelo seu sucessor, Joe Biden (2021-2025), e intensificada quando o republicano voltou à Casa Branca, em janeiro deste ano.
Após o governo Trump impor tarifas extras sobre importações da China, Pequim retaliou, o que levou a uma escalada nas taxas. Os Estados Unidos elevaram para 145% as tarifas sobre as compras que fazem da China, enquanto os chineses aplicaram 125% sobre produtos americanos.
Em maio, após o encontro em Genebra, as duas maiores economias do mundo informaram que chegaram a um acordo no qual as taxas americanas sobre importações da China foram reduzidas para 30% durante 90 dias, enquanto Pequim baixou suas taxas sobre produtos americanos para 10%.
Entretanto, desde então, os Estados Unidos acusaram a China de terem violado o compromisso, por reterem exportações de semicondutores e terras raras, minerais estratégicos para as indústrias de tecnologia e automotiva, entre outras.
Nesta terça-feira, Lutnick afirmou que o acordo negociado em Londres deve resultar na resolução dessa questão.
Fonte: Gazeta