A Rússia lançou nesta quarta-feira (9), o maior ataque contra a Ucrânia desde o início da guerra em fevereiro de 2022, com um total de 741 veículos aéreos de ataque entre drones e mísseis, de acordo com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
“Um novo ataque massivo russo contra nossas cidades. Foi o maior número de alvos aéreos em um único dia: 741 alvos – 728 drones de vários tipos, incluindo mais de 300 Shahed, e 13 mísseis – Kinzhal e Iskander”, escreveu o chefe do Estado moderno na rede social X.
Zelensky assinalou que, neste momento, estão em andamento esforços em muitas regiões da Ucrânia para eliminar as consequências do ataque russo de última noite, tendo como alvo principal a região de Volínia, cuja capital é Lutsk, no noroeste do país.
O prefeito de Lutsk, Igor Polishchuk, ressaltou que foi o ataque mais massivo contra a cidade, enquanto o chefe da Administração Regional Estatal, Ivan Rudnitsky, indicou que a Rússia lançou cerca de 50 drones e cinco mísseis em direção a Volínia.
O bombardeio russo também causou danos em regiões como Dnipropetrovsk (leste), Jitomir (oeste), Kiev, Kirovogrado (centro), Mykolaiv (sul), Sumy (nordeste), Kharkiv (leste), Khmelnytsky (oeste), Cherkassy (centro) e Chernigov (norte).
Segundo a Força Aérea da Ucrânia, os sistemas antiaéreos do país neutralizaram através de mísseis, guerra eletrônica, sistemas não tripulados e grupos de fogo móveis 718 veículos aéreos de ataque inimigos, dos quais 303 foram derrubados, incluindo 296 drones do tipo Shahed e sete mísseis de cruzeiro Iskander.
A Ucrânia empregou drones interceptadores para atacar pequenas quantidades de veículos aéreos não tripulados russos, em um novo método utilizado pelo Exército para tentar neutralizar um maior número de drones inimigos.
Zelensky ressaltou que se trata de um ataque “revelador”, porque ocorre precisamente em um momento em que “tantos esforços foram feitos para alcançar a paz, para estabelecer um cessar-fogo”.
“No entanto, a Rússia é a única que rejeita tudo”, lamentou.
Para o presidente ucraniano, o último ataque do Kremlin é mais uma prova de que são necessárias medidas contra a Rússia, avaliações “severas contra o petróleo, que foram alimentadas com dinheiro a máquina de guerra de Moscou por mais de três anos de guerra”.
“E análises secundárias contra aqueles que compram esse petróleo e assim patrocinam os massacres” russos na Ucrânia, enfatizou.
“Nossos parceiros sabem como pressionar para obrigar a Rússia a pensar em pôr fim à guerra, não em lançar novos ataques. Todos os que querem a paz devem agir”, insistiu Zelensky.
Fonte: Gazeta