O secretário de formação do PT fluminense, Olavo Brandão Carneiro, denunciou a possibilidade de que a eleição interna do partido no Rio de Janeiro tenha sido fraudada. Ele faz parte da chamada corrente “Articulação de Esquerda”, que prega uma guinada às origens da legenda com mais foco nos movimentos sociais.
Carneiro afirmou que encaminhará denúncias ao diretório nacional do partido, com vídeos e reproduções de conversas entre militantes que provariam o uso da máquina púbica na cidade fluminense de Maricá – administrada por um dos nomes fortes do PT, Washington Quaquá.
“Tenho certeza que houve compra de votos e uso do poder econômico no PED do Rio de Janeiro”, disse Carneiro à CNN Brasil.
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O filho de Quaquá, Diego Zeidan, é o favorito para assumir a presidência do diretório estadual do PT no Rio de Janeiro. Já o prefeito respondeu e chamou a acusação de “choro de perdedor”.
“Uma coisa muito feia. Concorreu, perdeu e agora chora”, afirmou em uma rede social.
Um dia antes, Quaquá disparou contra o próprio partido e afirmou que o PT deveria mudar o discurso voltado apenas à transferência de renda e olhar para o empreendedorismo. Essa é a visão semelhante do novo presidente da legenda, Edinho Silva, eleito no pleito de domingo (6) e que teve o resultado divulgado nesta segunda (7).
Edinho era o favorito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendia um olhar mais para o centro, enquanto que o concorrente, o deputado federal Rui Falcão (PT-SP), pregava uma volta às origens com uma guinada à esquerda e retorno do diálogo com os movimentos sociais.
Além da suspeita de fraude no Rio de Janeiro, a eleição do PT também teve um contratempo em Minas Gerais, onde a deputada federal Dandara Tonantzin (PT-MG) chegou a ser retirada da disputa por inadimplência com as contribuições partidárias obrigatórias, mas recolocada no pleito por decisão da Justiça.
Fonte: Gazeta