O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, convocou nesta quinta-feira para consultas “urgentes” o chefe da missão diplomática de Washington na Colômbia, John McNamara. A medida foi tomada após denúncias do presidente colombiano, Gustavo Petro, sobre um suposto apoio americano a um plano para tirá-lo do poder.
“O secretário de Estado, Marco Rubio, convocou John T. McNamara, encarregado de Negócios interino da Embaixada dos Estados Unidos na Colômbia, para consultas urgentes em Washington após declarações infundadas e repreensíveis das mais altas esferas do governo colombiano”, informou o Departamento de Estado americano em um breve comunicado.
O governo do presidente americano, Donald Trump, também esclareceu que adotará “outras medidas para deixar clara sua profunda preocupação com o estado atual” da relação bilateral com Bogotá. Além disso, insistiu que, “apesar das diferenças políticas com o governo atual, a Colômbia continua sendo um parceiro estratégico essencial” para os EUA.
“Estamos comprometidos com uma cooperação estreita em uma série de prioridades compartilhadas, incluindo a segurança e estabilidade regionais, e continuamos participando em esforços que melhoram a vida tanto de americanos quanto de colombianos”, conclui a nota.
Petro denunciou na quarta-feira a existência de um golpe de Estado contra ele e uma suposta conspiração de seu ex-chanceler Álvaro Leyva. Segundo o jornal “El País” informou no fim de semana, Leyva teria contatado políticos do Partido Republicano – de Trump – dos EUA para supostamente derrubar o presidente de esquerda.
De acordo com esse suposto plano, Leyva, um conservador de 82 anos que teve desentendimentos públicos com seu antigo colaborador, se reuniu há dois meses nos EUA com o congressista republicano Mario Díaz-Balart. Depois, teria tentado se encontrar com o legislador Carlos Giménez, ambos representantes republicanos pela Flórida.
Com a reunião, o ex-diplomata teria buscado se aproximar do secretário Rubio e exercer “pressão internacional” contra Petro para colocar a vice-presidente, Francia Márquez, em seu lugar.
Tanto Díaz-Balart quanto Giménez negaram as acusações e as classificaram como “invenções”.
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Fonte: Gazeta