O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado (28) que fará um discurso “diferente” do que seus apoiadores estão acostumados durante o ato na avenida Paulista, previsto para domingo (29). Ele declarou que a Justiça não tem “nada” contra ele e que está sendo investigado por um “golpe fictício”.
“Meu pronunciamento amanhã [29 de junho] é um pouco diferente do que o pessoal está acostumado a ouvir. Será uma saída e uma oportunidade para recuperarmos esse espaço deixado para trás”, disse.
Bolsonaro voltou a mencionar antigas acusações. Entre elas, afirmou ter passado cinco anos sendo “massacrado” pelos jornais por causa da morte da ex-vereadora do Rio Marielle Franco. Também citou a acusação de falsificação do cartão de vacina, caso que já foi arquivado. A manifestação foi organizada e financiada pelo pastor Silas Malafaia e tem como tema “Justiça já”.
“Agora estou [sendo investigado] nesse golpe fictício, aí, nessa fumaça chamada golpe de Estado. Não tem nada contra mim. Espero que o relator, [o Procurador Geral da República] o doutor Paulo Gonet, chegue à mesma conclusão e possamos arquivar mais esse processo”, disse Bolsonaro.
O ex-presidente criticou a esquerda, dizendo que ela não tem força em manifestações de rua, pois “o que eles querem” não tem materialidade. Também acusou seus adversários políticos de defenderem apenas “o poder pelo poder”. Bolsonaro pediu uma presença “maciça” de seus apoiadores no ato deste domingo (29).
“Jamais esperava um dia estar falando aqui em lutar por liberdade, por democracia, por justiça. Nunca esperava que esse dia fosse chegar. Infelizmente chegou, por quê? Deixamos cadeiras vazias lá atrás e foram ocupadas por pessoas que não eram de bem”, afirmou durante uma live no canal AuriVerde Brasil, no YouTube.
Devem participar do evento a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Também estão confirmadas as presenças dos líderes do partido na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), e no Senado, Carlos Portinho (RJ), além de Rogério Marinho (RN), líder da Oposição no Senado, e do deputado Zucco (PL-RS), na Câmara.
Fonte: O Liberal