Autoridades da Coreia do Sul prenderam nesta sexta-feira (27) seis americanos por supostamente terem tentado enviar 1,6 mil garrafas plásticas contendo arroz, miniaturas de Bíblias, notas de US$ 1 e pen drives para a Coreia do Norte.
Segundo informações da agência Associated Press, os americanos, cujos nomes não foram divulgados, foram detidos na Ilha de Ganghwa, perto da Zona Desmilitarizada (DMZ) que separa a Coreia do Norte e a Coreia do Sul.
Eles foram presos antes de jogarem as garrafas ao mar, com o objetivo de que chegassem à costa norte-coreana levadas pela maré.
Segundo policiais de Ganghwa, os americanos estão sendo investigados por alegações de violação da lei sobre gestão de segurança e desastres. Não foi informado qual era o conteúdo dos pen drives apreendidos.
O envio de garrafas plásticas ou balões com panfletos com mensagens anti-Coreia do Norte e pen drives contendo doramas e músicas de K-pop para o país comunista sempre ocorreu na Coreia do Sul, mas foi proibido entre 2021 e 2023 porque havia receio de que pudesse acirrar as tensões com Pyongyang.
O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul revogou há dois anos uma lei que criminalizava o envio de panfletos e outros itens à Coreia do Norte, entendendo que agredia a liberdade de expressão, porém, o novo presidente sul-coreano, o centro-esquerdista Lee Jae-myung, vem tomando medidas para evitar esses atos.
Antes das prisões dos americanos nesta sexta-feira, no último dia 14, um ativista foi detido por supostamente enviar balões em direção à Coreia do Norte a partir da Ilha de Ganghwa.
Lee, que foi eleito numa eleição antecipada realizada no início de junho, afirmou durante a campanha que pretendia restabelecer o diálogo com o Norte e já foi investigado por acusações de ter enviado dinheiro para o país comunista.
Fonte: Gazeta