O Pará está entre os estados prioritários da “Operação Incêndios 2025”, deflagrada nesta quarta-feira (25/6) pela Polícia Federal. A ação faz parte de uma estratégia nacional de combate aos incêndios florestais. Além de cidades paraenses, outros cinco estados também recebem equipes para atuarem na repressão às queimadas.
A ação tem foco especial nas regiões da Amazônia Legal e do Pantanal, áreas que têm enfrentado aumento significativo de eventos climáticos, extremos e crimes ambientais. Coordenada pela Diretoria da Amazônia e Meio Ambiente da PF, a operação prevê o uso intensivo de drones, geointeligência, bases avançadas em áreas críticas e específicas especializadas. Além disso, terá uma atuação conjunta com a Força Nacional de Segurança Pública, órgãos estaduais e instituições como Ibama, ICMBio, AGU e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
No Pará, a expectativa é que as ações se concentrem especialmente em regiões como o sudeste e o oeste do estado, onde o avanço do desmatamento e das queimadas tem sido mais agressivo nos últimos anos. A primeira fase da Operação Incêndios 2025 teve início nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Nas próximas semanas, uma operação prosseguirá em alguns municípios paraenses e nos estados do Acre, Amazonas e Rondônia. O plano deve ser deflagrado nos locais que concentram as maiores preocupações ambientais e climáticas da atualidade.
A operação busca ampliar a capacidade de prevenção e resposta do Brasil frente a crimes ambientais. Em 2024, a PF instaurou 138 inquéritos policiais relacionados a queimadas, número três vezes superior ao de 2023. Só nos primeiros meses de 2025, 42 novos inquéritos já foram abertos em todo o país, com foco especial na Amazônia.
Além da prevenção, a PF também reforça seu compromisso com a responsabilização criminal dos autores desses crimes. No último ano, as investigações resultaram na emissão de 29 mandados de busca e apreensão, 16 prisões em flagrante, 3 prisões preventivas e ordens judiciais de sequestro de bens que ultrapassaram R$ 400 milhões.
Fonte: O Liberal