O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cobrou nesta quarta-feira (25) que o julgamento por corrupção do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que se arrasta no Tribunal Distrital de Jerusalém desde maio de 2020, seja cancelado ou que o premiê seja perdoado.
“Fiquei chocado ao saber que o Estado de Israel, que acaba de viver um dos seus maiores momentos da história e é fortemente liderado por Bibi Netanyahu, continua sua ridícula caça às bruxas contra o seu grande primeiro-ministro de tempos de guerra!”, escreveu Trump no X, em referência ao conflito de 12 dias entre Israel e Irã, interrompido por um cessar-fogo na terça-feira (24).
“Estávamos lutando, literalmente, pela sobrevivência de Israel, e não há ninguém na história de Israel que tenha lutado com mais afinco ou competência do que Bibi Netanyahu”, disse o presidente americano.
“Apesar de tudo isso, acabei de saber que Bibi foi intimado para comparecer ao tribunal na segunda-feira [30] para dar continuidade a este longo processo (ele vem passando por este ‘show de horrores’ desde maio de 2020 – inédito! Esta é a primeira vez que um primeiro-ministro israelense em exercício é julgado), com motivação política”, acusou Trump.
“O julgamento de Bibi Netanyahu deveria ser cancelado imediatamente, ou que um perdão seja concedido a um grande herói, que tanto fez pelo Estado”, pediu o mandatário americano.
O primeiro-ministro israelense é réu em um julgamento por corrupção que se arrasta desde 2020, acusado em três casos separados de fraude fiscal, suborno e quebra de confiança.
Um deles diz respeito a presentes luxuosos, como charutos e champanhe, que ele supostamente recebeu entre 2007 e 2016 de Arnon Milchan, um empresário israelense, em troca de favores relacionados a interesses comerciais e obtenção de vistos.
Em outro caso, Netanyahu é acusado de ter feito um acordo com o editor do jornal Yedioth Ahronoth, Arnon Mozes, que faria cobertura favorável sobre o premiê e sua família e negativa sobre seus oponentes políticos, em troca de influência para que fossem aprovadas leis para impor restrições a um jornal rival.
No terceiro caso, os promotores alegam que, entre 2012 e 2017, o empresário Shaul Elovitch, em troca de favores regulatórios para o grupo de telecomunicações Bezeq – do qual ele é acionista majoritário -, permitiu que a cobertura do portal Walla fosse inclinada para os interesses de Netanyahu e sua família. O premiê nega todas as acusações.
Fonte: Gazeta