Um tribunal militar da Rússia condenou nesta sexta-feira (20) a 22 anos de prisão por “alta traição” a ativista Nadezhda Rossiyskaya, de 29 anos, fundadora de um movimento criado para fornecer ajuda humanitária a refugiados ucranianos em territórios ocupados pela Rússia.
“O tribunal considerou que as provas foram suficientes para condenar a cidadã russa N.A. Rossiyskaya, nascida em 1995”, informou a agência de notícias oficial russa Tass, citando um comunicado do departamento do Serviço Federal de Segurança para a região de Belgorod, onde o julgamento foi realizado.
A ativista, considerada culpada de “alta traição, colaboração com organizações terroristas e incitação pública a ações contra a integridade territorial da Rússia”, foi condenada a 22 anos de prisão e a pagar uma multa de 320.000 rublos, cerca de R$ 22.000 na taxa de câmbio atual.
O Ministério Público havia solicitado uma pena de 27 anos de prisão para a ativista, que, segundo a acusação, postou um apelo no Instagram em agosto de 2023 para que se transferisse dinheiro para o ucraniano Batalhão Azov, o qual a Rússia declarou uma organização terrorista.
Rossiyskaya, modelo e fotógrafa, também conhecida como Nadine Geisler, seu pseudônimo, deixou a Rússia em maio de 2023 e retornou ao país em fevereiro do ano seguinte, quando foi detida e colocada em prisão preventiva.
Fonte: Gazeta