O ex-príncipe herdeiro iraniano Reza Pahlavi — filho do último xá do Irã, Mohammad Reza Pahlavi, deposto na Revolução Islâmica de 1979 — disse neste domingo (15), em entrevista à BBC, que os opositores do governo do país foram “revigorados” pelos ataques de Israel, que mataram altos líderes militares iranianos.
“A solução definitiva é uma mudança de regime, e agora temos uma oportunidade, porque este regime está em seu ponto mais fraco”, disse ele, falando do exílio, nos Estados Unidos.
As declarações reforçam um comunicado divulgado por Pahlavi no sábado (14), em suas redes sociais, à população iraniana.
“Meus compatriotas, a República Islâmica e seus líderes incompetentes e criminosos arrastaram nosso Irã para a guerra e são responsáveis pela situação atual”, diz ele no pronunciamento, em vídeo.
“Após décadas de corrupção, incompetência e opressão, este regime encontra-se agora em seu estado mais frágil e fraco. No entanto, seu colapso final só pode ser alcançado pelas mãos poderosas da grande nação iraniana.”
Ele convoca ainda a população civil a atos de resistência, como greves, para pressionar a derrubada do atual regime. “O Irã pertence a vocês, e reconquistá-lo está em suas mãos. Cada ato de desafio de sua parte, incluindo não comparecer ao trabalho, trabalhar menos ou chegar atrasado, pode desferir um golpe eficaz na estrutura enfraquecida deste regime. Juntos, lado a lado, venceremos”, afirma.
Em um trecho destinado a militares, policiais e membros forças de segurança, pede que estes desvinculem-se do regime e juntem-se ao povo. “Em seu nome, digo à comunidade internacional: em vez de apaziguar o regime islâmico, apoiem o povo iraniano”, finaliza.
Também neste domingo, em entrevista à Fox News, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu foi questionado se a mudança de regime no Irã faz parte dos esforços de Israel com a atual onda de ataques.
“Certamente pode ser o resultado, porque o regime iraniano é muito fraco”, respondeu Netanyahu, que afirmou ainda que o atual regime iraniano não “tem o povo” e que “80% da população” quer derrubá-lo.
Fonte: Gazeta