A imprensa estatal do Irã confirmou, nesta quinta-feira (12), a morte de dois cientistas nucleares iranianos durante um ataque israelense a alvos militares em território iraniano. Os cientistas identificados são Fereydoun Abbasi-Davani e Mohammad Mehdi Tehranchi, ambos figuras proeminentes no setor nuclear do país.
O governo de Israel declarou estado de emergência e afirmou que a ação foi uma ofensiva “preventiva”, alegando uma ameaça iminente representada pelo avanço do programa nuclear iraniano. Além dos dois cientistas, a mídia israelense confirmou a morte do comandante-chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami.
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Explosões de grande magnitude foram registradas em Teerã, capital iraniana, especialmente na região nordeste da cidade, logo após o anúncio da ofensiva israelense. Segundo autoridades de Tel Aviv, a operação foi conduzida pela Força Aérea Israelense e teve como foco instalações militares e nucleares iranianas.
Um oficial israelense, em declaração à imprensa internacional, disse que o Irã estaria em estágio avançado de desenvolvimento de uma bomba atômica e teria urânio suficiente para produzir até 15 ogivas nucleares em poucos dias.
Ainda segundo a autoridade, os ataques atingiram dezenas de alvos estratégicos em diferentes regiões do Irã, com foco especial em estruturas ligadas ao programa nuclear do país.
Até o momento, o governo do Irã não confirmou oficialmente como ocorreram as mortes dos cientistas, mas veículos da mídia estatal iraniana responsabilizam diretamente Israel pelos ataques.
Quem eram os cientistas
Fereydoun Abbasi-Davani foi chefe da Organização de Energia Atômica do Irã entre 2011 e 2013. Conhecido por seu alinhamento com setores conservadores do governo iraniano, ele sobreviveu a uma tentativa de assassinato em 2010, mas ficou ferido. A sua trajetória inclui atuação como cientista, político e defensor do programa nuclear iraniano.
Já Mohammad Mehdi Tehranchi era professor do Instituto de Pesquisa de Laser e Plasma e do Departamento de Física da Universidade Shahid Beheshti. Ele também ocupava o cargo de presidente da Universidade Islâmica Azad, uma das maiores instituições privadas de ensino superior do Irã.
Fonte: O Liberal