A prefeita de Los Angeles, Karen Bass, anunciou na terça-feira (10) um toque de recolher de emergência no centro da cidade em resposta ao aumento das tensões nas manifestações após as recentes batidas policiais contra imigrantes ilegais e o envio de tropas federais para a região.
Segundo o Los Angeles Times, a polícia registrou pelo menos 25 detenções por violação à ordem emitida.
“O toque de recolher foi considerado durante vários dias, mas claramente, após a violência que ocorreu ontem à noite, com 23 lojas saqueadas, e apenas diante da natureza extensa e generalizada do vandalismo, chegamos a um ponto de inflexão e declaramos estado de emergência e pedimos o toque de recolher”, disse a prefeita em uma entrevista coletiva. Entre as lojas saqueadas estão a Apple, Adidas e pequenos restaurantes locais, segundo a imprensa.
A prefeita democrata reuniu vários líderes religiosos em uma área com mobilização de miliares para tentar contornar a retórica violenta dos protestos.
Uma rabina de uma congregação judaica de Los Angeles, Sharon Brous, afirmou que “não obedeceremos de antemão. Não desviaremos o olhar. Não atiçaremos as chamas do extremismo. Não responderemos à violência com violência”, chegando a comparar Trump a um faraó “autoritário” que oprimia os judeus na Bíblia.
Já um pastor chamado Eddie Anderson disse aos policiais e guardas no local que “as pessoas se reuniram para lembrá-los de que existe um poder superior. Para lembrá-los de que em Los Angeles todos são livres e nenhum ser humano é ilegal”, segundo informou o Los Angeles Times.
Enquanto isso, o governador democrata Gavin Newsom segue com seus ataques a Trump. Na terça-feira à noite, afirmaou que o presidente americano “intencionalmente atiçou as chamas dos protestos” de Los Angeles e “lançou uma rede militar” pela cidade, colocando em risco manifestantes pacíficos e visando famílias de imigrantes trabalhadores.
Os protestos em Los Angeles começaram na tarde da última sexta-feira, após batidas realizadas pelo Serviço de Controle de Imigração e Alfândega (ICE).
Trump decidiu enviar milhares de soldados da Guarda Nacional para Los Angeles, apesar de as autoridades locais não terem solicitado e acusarem o presidente de querer aumentar a tensão.
Fonte: Gazeta