O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (5) que militares americanos têm autorização para abater aeronaves militares se comandantes acharem necessário na atual operação com navios de guerra no sul do Mar do Caribe.
A declaração de Trump foi proferida um dia depois de o Departamento de Defesa dos Estados Unidos ter informado que duas aeronaves militares da Venezuela voaram perto de um dos navios da Marinha americana que estão em águas internacionais no Caribe, ação que o Pentágono chamou de “manobra altamente provocativa”.
Em entrevista coletiva no Salão Oval da Casa Branca, o presidente dos EUA comentou o assunto. “Se [aeronaves militares da Venezuela] nos colocarem em uma posição perigosa, serão abatidas”, garantiu, segundo informações da agência Reuters.
Os Estados Unidos enviaram nos últimos dias oito navios de guerra e um submarino nuclear para as águas do Mar do Caribe próximas da Venezuela, com o objetivo de evitar a chegada de drogas ao território americano.
Na terça-feira (2), Trump anunciou que um barco com drogas foi atingido por militares americanos no Mar do Caribe. Ele disse que a carga era da gangue venezuelana Tren de Aragua e que 11 pessoas a bordo foram mortas.
Nesta sexta-feira, a Reuters informou que o governo dos Estados Unidos ordenou o envio de dez caças F-35 para um aeródromo em Porto Rico para que sejam realizadas operações contra cartéis de drogas no Caribe.
Na coletiva na Casa Branca, Trump justificou sua nova abordagem contra o narcotráfico, citando as pessoas que morrem de overdose nos Estados Unidos.
“Imagine se você estiver em uma guerra e perder 300 mil [pessoas]. Não vamos permitir que isso aconteça”, disse ele.
O regime chavista alega que a operação militar americana no sul do Caribe é uma “desculpa” para uma intervenção na Venezuela, mas Trump afirmou que seu governo não tem discutido uma mudança de regime no país sul-americano.
“Não estamos falando sobre isso, mas estamos falando sobre o fato de que houve uma eleição muito estranha, para dizer o mínimo”, disse Trump, citando a fraude eleitoral de 2024 que manteve o ditador Nicolás Maduro no poder.
Fonte: Gazeta