O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), intensificou a defesa pública da anistia aos condenados nas manifestações de 8 de janeiro de 2023, após reunião nesta quarta-feira (4) em Brasília com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Em ato simbólico, Tarcísio publicou um vídeo nas redes sociais logo após o encontro, reafirmando que a concessão de anistia é ferramenta histórica para promover a pacificação nacional.
Segundo o governador, anistias já ocorreram “no período colonial, no regencial, no segundo império e na ditadura militar”, citando a lei aprovada em 1979. A defesa da proposta também foi pautada em referências a outros momentos históricos.
“Vocês sabiam que Vargas deu anistia pra quem participou na intentona comunista? Além da anistia em 79. E por que não dar anistia agora? Pedir anistia não é uma heresia, pedir anistia é algo justo, é algo real, é algo importante”, afirmou Tarcísio.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, confirmou na terça-feira (2), que conversa com lideranças favoráveis e contrárias ao projeto, mas não estabeleceu data para pautar a proposta.
“O governador tem o interesse que se paute, isso é público, e nós estamos ouvindo a todos, como estamos ouvindo também os líderes que têm interesse e aqueles também que não têm interesse”, declarou Motta para a rádio CBN.
O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcanti, defende a aprovação de uma anistia “ampla e irrestrita”, contemplando não só os condenados do 8 de janeiro, mas também o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros envolvidos em investigações e processos desde março de 2019. Segundo ele, já existem quase 300 deputados a favor da anistia.
Fonte: Gazeta