O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de construir uma narrativa que justificaria a perseguição política e até mesmo o extermínio de opositores. A declaração foi feita nesta terça-feira (26), na rede social X, em resposta a críticas de Lula.
O presidente havia afirmado que Eduardo Bolsonaro “já deveria ter sido expulso da Câmara” e classificou sua atuação nos Estados Unidos como “uma das maiores traições que uma pátria sofre de filhos seus”. O parlamentar está licenciado do mandato e tem atuado no exterior em busca de sanções contra autoridades brasileiras.
Em resposta, Eduardo Bolsonaro afirmou que a acusação de traição à pátria é um expediente típico de regimes autoritários para legitimar a perseguição a adversários.
“A ideia de traição à pátria pode soar caricata aos ouvidos de pessoas normais — e de fato o é. Mas ser caricata não muda seu caráter nefasto. Essa ladainha é velha companheira dos regimes de exceção da esquerda, que tratam opositores como traidores dignos de fuzilamento”, escreveu. Ele acrescentou: “O que Lula está tentando fazer é construir uma narrativa que permita o meu extermínio”.
Segundo o deputado, o governo petista busca normalizar a eliminação de adversários políticos. Ele comparou a situação atual a casos históricos: “Você pode achar exagero — eu sei que parece. Mas, há dez anos, também pareceria exagerado supor que senhoras de 70 anos seriam condenadas a 17 anos de prisão por ‘golpe de Estado’”, lembrou.
Críticas de Lula
Durante a segunda reunião ministerial de 2025, nesta terça-feira, Lula classificou Eduardo Bolsonaro como “um dos maiores traidores da história do Brasil”. O presidente criticou o parlamentar por agir contra o país: “Um cidadão que já deveria ter sido expulso da Câmara dos Deputados, estufando com mentiras e hipocrisia outro Estado contra o Estado nacional do Brasil”.
Lula defendeu a criação de uma frente política para combater essa postura e afirmou nunca ter visto, na história brasileira, alguém que, segundo ele, “muda de país, adota os Estados Unidos, nega a pátria de origem e tenta insuflar o ódio de governantes americanos contra o povo brasileiro”.
Fonte: Gazeta