A embaixada americana no Brasil alertou neste domingo (24) que as redes sociais de aplicantes dos vistos das categorias F, M e J — estudantes e intercambistas — devem tornar suas redes sociais públicas.
“Essa medida permite que sejam feitas todas as verificações necessárias para avaliar se o solicitante atende aos requisitos para entrada nos Estados Unidos”, diz a embaixada.
O comunicado veio através de uma publicação nas redes sociais oficiais da embaixada, onde confirmaram também que o agendamento para essas entrevistas já foi retomado.
A Casa Branca confirmou no mês passado a necessidade da exigência de que os solicitantes de vistos estudantis permitam acesso aos seus perfis em redes sociais, em uma ordem assinado pelo Secretário de Estado, Marco Rubio.
À Reuters, Rubio afirmou que a medida é necessária para identificar “candidatos com histórico de ativismo político, especialmente quando relacionado à violência”.
No último dia 19, os EUA confirmaram que também avaliarão caráter moral, atividades antiamericanas, terroristas ou antissemitas para a concessão de vistos.
O anúncio veio através do Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS), que informou que está atualizando as diretrizes do manual de políticas sobre os elementos que os funcionários consideram em certos pedidos de benefícios que exigem sua análise.
Entre os novos fatores, será considerada qualquer participação em organizações contrárias às políticas americanas ou de caráter terrorista, bem como atividades antissemitas.
USCIS definiu a atividade antiamericana como “um fator extremamente negativo” em qualquer análise a critério de um funcionário.
Matthew Tragesser, porta-voz do USCIS, disse que os benefícios migratórios nos EUA “não devem ser concedidos àqueles que desprezam o país” e ressaltou que, na medida do possível, serão realizadas investigações rigorosas em cada caso.
“Os benefícios migratórios, incluindo viver e trabalhar nos EUA, continuam sendo um privilégio, não um direito”, acrescentou.
Fonte: Gazeta