O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou neste sábado (23), em mensagem por ocasião do Dia da Bandeira, que não entregará o território ucraniano ao ocupante — em clara alusão à Rússia.
“Esta bandeira é a meta e o sonho de muitos de nossos compatriotas nos territórios temporariamente ocupados da Ucrânia. E eles a protegem, a mantêm a salvo, porque sabem que não entregaremos nossa terra ao ocupante”, disse Zelensky em sua conta na rede social X.
O mandatário diz que a bandeira dá a quem retorna do cativeiro a sensação de estar em casa e é algo que dá fé a quem vive nos territórios temporariamente ocupados.
“Esta mesma bandeira encarna um sentimento de libertação para quem resgatamos do cativeiro russo. Quando veem as cores ucranianas, compreendem que o mal terminou”, afirmou.
“Esta bandeira representa tudo o que há de mais precioso para centenas de milhares de nossos combatentes, homens e mulheres de toda a Ucrânia, que defendem não só uma área em particular, não só Vovchansk ou Dobropillia, mas toda a nossa Ucrânia, e que arriscam suas vidas para conquistar o direito à existência de todo o nosso Estado”, acrescentou.
Mudança de retórica?
Na última sexta-feira Zelensky havia dito que somente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode conter o ditador russo Vladimir Putin.
O líder ucraniano também havia reiterado que está pronto para se reunir com o Kremlin, seja em um encontro trilateral mediado por Washington ou até mesmo em uma reunião bilateral com Putin.
“Não temos nenhum acordo com a Rússia. Conversamos apenas com Trump. Ele é a única pessoa capaz de parar Putin, na minha opinião”, afirmou Zelensky ao ser questionado sobre os preparativos para uma possível negociação direta com Moscou, em coletiva de imprensa em Kiev ao lado do secretário-geral da Otan, Mark Rutte.
O presidente destacou que sua aposta é em um entendimento diplomático por meio dos Estados Unidos, não diretamente com Moscou. Ele disse que prefere um encontro trilateral, mas que não descarta negociar frente a frente com o ditador russo.
“Estamos dispostos. Falemos sobre a data, falemos sobre o lugar”, declarou, acusando a Rússia de agir para impedir qualquer avanço nesse sentido.
Segundo Zelensky, é preciso pressionar o Kremlin a aceitar a via diplomática. “É preciso forçá-los à diplomacia, são necessárias sanções fortes se não houver uma resolução diplomática para o conflito”.
Fonte: Gazeta