A Aerolíneas Argentinas, companhia aérea estatal argentina, aprovou nesta quinta-feira (21) o balanço patrimonial de 2024, que apresentou um resultado contábil líquido positivo de US$129,1 milhões (R$ 707,5 milhões). É a primeira vez que a empresa registra lucro desde que foi nacionalizada pela ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner, em 2008.
As ações da companhia são divididas pelo Governo Nacional (99,96%) e o pelos funcionários por meio do Programa de Propriedade Participativa (PPP). Este último grupo não aprovou o balanço auditado pelos órgãos competentes, mas não conseguiu reverter a decisão.
De acordo com o jornal La Nación, o resultado positivo se dá também por políticas da presidência de Javier Milei, que reduziu em 15% o quadro de funcionários e ter mantido as diretrizes salariais do setor abaixo do desempenho do dólar e inflação.
Recentemente, com objetivo de reaquecer o setor turístico, a Aerolíneas Argentinas anunciou promoções de passagens aéreas para quem comprar em agosto e viajar até novembro deste ano.
A ação conjunta entre a companhia e o Instituto Nacional de Promoção Turística (Inprotur), que será válida até 31 de agosto, inclui ofertas a partir de 11 países: Brasil, Uruguai, Chile, Bolívia, Paraguai, Colômbia, Peru, República Dominicana, Estados Unidos, Espanha e Itália.
As passagens promocionais poderão ser utilizadas para viagens entre os dias 15 de agosto e 20 de novembro, com retorno até 30 de novembro — com exceção dos voos saindo da Europa, que terão validade para o período de 1º de março ao início de junho de 2026.
A campanha inclui voos para Buenos Aires a partir de US$ 160 saindo de São Paulo, US$ 200 a partir do Rio de Janeiro, US$ 150 de Porto Alegre e Curitiba, e US$ 280 de Salvador e Porto Seguro, mais taxas e impostos.
Também chamam atenção os preços para a capital argentina a partir de cidades latino-americanas como Assunção (US$ 150), Lima (US$ 250), Santiago do Chile (US$ 170) e Bogotá (US$ 440), sem contar taxas e impostos correspondentes.
Há também a possibilidade de incluir um segundo destino, partindo de Buenos Aires para outras regiões da Argentina, por um valor adicional de US$ 50 a US$ 100. Entre os mais procurados estão áreas da Patagônia, como Bariloche, Ushuaia e El Calafate, além da região de Mendoza, conhecida pelas vinículas, e as Cataratas do Iguaçu.
O objetivo da medida é incentivar a chegada de turistas estrangeiros durante a primavera, a temporada de maior oferta natural e cultural no país.
Entre outubro e novembro, a floração de milhares de jacarandás colore de violeta as ruas e parques de Buenos Aires, cidade que, além de sua arquitetura marcante, oferece uma ampla programação de shows nacionais e internacionais, exposições e uma cena teatral reconhecida mundialmente.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina (Indec), Entre janeiro e abril de 2025, 151.298 brasileiros visitaram Buenos Aires, o que corresponde a 38% a menos do que no mesmo período do ano anterior. Como incentivo para reverter a tendência em queda, Daniel Scioli anunciou promoções de passagens aéreas pela estatal Aerolíneas Argentinas para quem comprar em agosto e viajar até novembro deste ano.
Nos últimos dias, o secretário de Turismo, Esporte e Meio Ambiente da Argentina, Daniel Scioli, esteve em turnê pelo Paraguai e Brasil.
A viagem foi encerrada em Florianópolis (SC), na sexta-feira (15), onde o ex-vice-presidente argentino participou de painel na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina e se reuniu com o governador Jorginho Mello (PL) para apresentar a “nova Argentina” e reforçar os laços institucionais e econômicos com o governo Milei.
Como anfitrião, o governador catarinense destacou os investimentos realizados na infraestrutura aeroportuária e na promoção turística que fazem de Santa Catarina um dos principais destinos internacionais dos argentinos — com mais de 1,2 mil voos anuais ligando os dois destinos. “A Argentina é uma grande parceira. No verão, Santa Catarina se torna uma extensão do país. Queremos ampliar ainda mais essas conexões e gerar oportunidades de negócios”, afirmou o governador catarinense.
Fonte: Gazeta