Após uma reunião na Casa Branca com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e líderes europeus e da Otan, o mandatário americano, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (18) que falou com o ditador russo, Vladimir Putin, a respeito de uma cúpula para encerrar a guerra na Ucrânia.
“Durante a reunião, discutimos as garantias de segurança para a Ucrânia, que seriam fornecidas pelos diversos países europeus, em coordenação com os Estados Unidos da América. Todos estão muito felizes com a possibilidade de paz para a Rússia/Ucrânia”, escreveu Trump na rede Truth Social.
“Ao final das reuniões, liguei para o presidente Putin e comecei a organizar uma reunião, em local a ser definido, entre o presidente Putin e o presidente Zelensky. Após essa reunião, teremos uma reunião trilateral, que incluirá os dois presidentes, além de mim. Novamente, este foi um passo inicial muito positivo para uma guerra que já dura quase quatro anos”, acrescentou.
Mais cedo, ao se encontrar com Zelensky no Salão Oval da Casa Branca, antes da reunião com os outros líderes no Salão Leste, o presidente americano havia dito que “haverá muita ajuda” para dar garantias de segurança para a Ucrânia caso a guerra seja interrompida.
Ao ser perguntado sobre a possibilidade de enviar tropas americanas para o país europeu para garantir a manutenção de um eventual cessar-fogo, respondeu: “Informaremos vocês sobre isso, talvez mais tarde hoje”.
Na abertura do encontro com os líderes europeus, aberta à imprensa, alguns deles manifestaram entusiasmo com o anúncio de Trump de que pretende colaborar nas garantias de segurança à Ucrânia.
“Se quisermos alcançar a paz e garantir a justiça, temos que fazê-lo unidos”, disse a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
“O fato de você ter dito ‘Estou disposto a participar das garantias de segurança’ é um grande passo, é realmente um avanço, e faz toda a diferença. Então, obrigado também por isso”, disse o secretário-geral da Otan, Mark Rutte.
No encontro, foi debatida a possibilidade de proteger a Ucrânia de invasões futuras por meio de um mecanismo semelhante ao Artigo 5 da Otan – ou seja, um ataque ao país seria considerado uma agressão também contra os aliados ucranianos, que seriam obrigados a intervir.
No fim de semana, o enviado especial de Trump para questões sobre o conflito, Steve Witkoff, já havia dito à CNN que Trump concordou na cúpula do Alasca com Putin na sexta-feira (15) que os Estados Unidos e a Europa poderiam “efetivamente oferecer uma linguagem semelhante à do Artigo 5 para cobrir uma garantia de segurança” contra invasões futuras.
Já o envio de forças de paz desses países para garantir a manutenção de um eventual cessar-fogo seria mais complicado – nesta segunda-feira, o Kremlin voltou a se manifestar contra o envio de tropas da Otan para a Ucrânia com esse fim.
Fonte: Gazeta