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O senador Eduardo Girão (Novo-CE) e o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) viajam neste domingo (16) para a Argentina. Na agenda, programaram encontro com os brasileiros que foram presos após participarem dos atos do 8 de janeiro de 2023. No ano passado, cinco pessoas exiladas no país foram presas, após o Supremo Tribunal Federal (STF) encaminhar pedidos de extradição ao governo de Javier Milei.
Fora o encontro, a dupla também participará de um jantar com a presença de Milei e seus ministros. As informações foram confirmadas à Gazeta do Povo por Girão, durante o lançamento da pré-candidatura de Romeu Zema (Novo-MG) à Presidência.
“Vamos visitar o presídio, onde estão cinco brasileiros já presos. Também encontraremos outros que têm medo de serem presos, porque não conseguiram documento de asilados”, afirmou o senador.
Para Girão, embora Milei esteja acertando na economia, ele “não está sendo respeitado” no aspecto da liberdade. “É um absurdo que alguém que defenda a liberdade não esteja ajudando gente que está fugindo de um país amigo, porque está sendo perseguido pela ditadura da toga no Brasil”, pontuou.
Girão e van Hattem pedem agilidade em impeachment de Moraes
Durante o evento do Novo neste domingo, van Hattem foi anunciado como reforço eleitoral do partido para 2026, concorrendo a uma vaga ao Senado pelo Rio Grande do Sul. Questionado pela reportagem sobre quais serão suas pautas, ele ressaltou a necessidade de afastar o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
“A gente precisa reequilibrar os poderes no Brasil. Espero que os senadores façam seu trabalho nesse mandato, mas lamentavelmente a gente não está vendo isso se concretizar nas palavras do senador Davi Alcolumbre, presidente do Senado”, afirmou van Hattem à Gazeta do Povo. Ele cravou que, se o impeachment não ocorrer neste mandato, “certamente será no próximo, com uma maioria de direita”.
Girão, por sua vez, afirma que “está no colo do Davi Alcolumbre a solução do Brasil”. Ele disse: “Tem muitas vidas de brasileiros dependendo de uma ação do Davi, basta ele colocar o plenário para votar. Eu não quero esperar 2026 para a gente votar no fim do império desse ditador”.
Após a publicação, a assessoria do senador Girão procurou a reportagem para esclarecer que eles não se encontrarão com os exilados que não estão presos, mas, sim, que a dupla terá uma agenda “para buscar uma solução para aqueles que têm medo de ser presos”.
Corrigido em 16/08/2025 às 21:49
Fonte: Gazeta