O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a prisão de Diego Dias Ventura, condenado a 14 anos de prisão pela Primeira Turma do STF por sua participação nos atos de 8 de janeiro de 2023. A decisão ocorreu após Ventura romper a tornozeleira eletrônica e fugir. Ele cumpria pena em liberdade provisória, sujeito a medidas cautelares que incluíam o uso da tornozeleira eletrônica, comparecimento semanal à Justiça e proibição de sair do estado do Rio de Janeiro.
A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro informou que o equipamento foi rompido em 1º de julho, data próxima à sua condenação, e esteve desligado desde 2 de julho. Conhecido como “Diego da Direita Limpa Campos”, Ventura foi apontado, pela acusação, como líder do acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.
Ventura admitiu ter permanecido cerca de 50 dias no local, onde organizou a logística do acampamento e contribuiu com arrecadações para mantê-lo. Também reconheceu ter entrado no STF e no Palácio do Planalto durante as manifestações de 8 de janeiro para gravar vídeos.
A defesa de Diego Dias Ventura havia pedido sua absolvição, alegando ausência de provas e afirmando que ele participou apenas de uma manifestação pacífica, sem relação com os ataques violentos praticados por outros. Ventura já havia sido preso em julho de 2023, durante um evento em Campos dos Goytacazes (RJ).
Além da pena de prisão, Ventura foi condenado a pagar, solidariamente, R$ 30 milhões pelos danos causados na depredação das sedes dos Três Poderes. O ministro Moraes destacou o envolvimento efetivo de Ventura em uma associação criminosa armada, que fomentou e executou os ataques, demonstrando seu comprometimento com os atos criminosos.
Fonte: Gazeta