O advogado Fábio Pagnozzi, que representa Carla Zambelli (PL-SP), afirmou que a deputada federal caiu e bateu a cabeça antes da audiência de quarta-feira (13) por estar em greve de fome contra sua prisão na Itália. Segundo Pagnozzi, a parlamentar também enfrenta diversos problemas de saúde, como fibromialgia e depressão.
“A deputada escorregou, bateu a cabeça, ela se sentiu muito fraca, acabou fazendo greve de fome, enfim, então ela estava muito debilitada. Chegou até a audiência, depois que ela foi atendida pela equipe médica, ela resolveu continuar”, disse o defensor em entrevista à Jovem Pan News na quarta (13).
Após a deputada passar mal, a audiência no Tribunal de Apelação de Roma foi suspensa e, posteriormente, retomada. Pagnozzi relatou que um advogado italiano contrato pelo governo brasileiro acompanhou a sessão. No entanto, a justiça italiana ainda não decidiu se Zambelli continuará presa ou terá liberdade condicional enquanto aguarda o processo de extradição para o Brasil.
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Pagnozzi afirmou que na próxima segunda-feira (18) um perito designado pelo juiz avaliará o estado de saúde da deputada e, no próximo dia 27, haverá uma nova audiência. Enquanto isso, Zambelli permanece presa.
“A deputada teve duas tentativas de suicídio, ficou internada na época das eleições depois do episódio da arma, a deputada tem problema no coração, a deputada retirou um tumor cerebral há alguns anos”, afirmou o advogado.
Zambelli está presa em Roma desde 29 de julho. Ela foi condenada a 10 anos e 8 meses de prisão, perda do mandato e ao pagamento de multa no valor de R$ 2 milhões pela invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A parlamentar alega ser alvo de perseguição política e nega qualquer irregularidade.
Além disso, o marido da deputada, coronel Antônio Aginaldo de Oliveira, teve as contas bancárias bloqueadas por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Pagnozzi afirmou que a medida abrange a aposentadoria e os salários de Oliveira.
“A deputada federal Carla Zambelli e seus familiares vêm sendo alvo de uma perseguição covarde, desumana e absolutamente incompatível com os princípios e valores que norteiam a Constituição Federal”, afirmou o advogado no X.
O hacker Walter Delgatti Neto, que teria atuado a mando de Zambelli, foi condenado a 8 anos e 3 meses de reclusão, inicialmente em regime fechado, além do pagamento solidário da multa imposta. Moraes declarou a inelegibilidade da deputada e do hacker por 8 anos, contados a partir da condenação.
Fonte: Gazeta