O presidente americano, Donald Trump, em decreto firmado nesta segunda-feira (11), prorrogou por mais 90 dias a pausa nas tarifas sobre importações da China, informou um oficial da Casa Branca.
Antes da prorrogação, a trégua tarifária entre os dois países estava prevista para se encerrar na terça-feira (12). Questionado nesta manhã se o prazo se estenderia, o presidente republicano evitou comentar: “Veremos o que acontece”.
O representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, em entrevista à emissora CBS, já havia adiantado que os dois lados estavam “trabalhando” para estender a trégua, enquanto o secretário de Comércio, Howard Lutnick, disse que outra pausa de “cerca de 90 dias” era possível.
Com tarifas para quase todo o mundo, o presidente dos EUA havia imposto 145% sobre os produtos chineses, enquanto a China aplicou 125%.
Em maio deste ano, ambos concordaram em Genebra em reduzir as taxas – Washington as reduziu para 30% e Pequim para 10% – e concordaram ainda com uma trégua de 90 dias, que terminaria na terça-feira e que agora foi estendida.
Contando tarifas que haviam sido aplicadas anteriormente, a sobretaxa na importação de produtos chineses ficou em 55%.
Depois de uma primeira reunião em Genebra e de um telefonema entre Trump e o ditador chinês Xi Jinping, os negociadores de ambos os lados se reuniram em Londres, onde a China aprovou a exportação de terras raras para os EUA, que, por sua vez, cancelaram “medidas restritivas” de Pequim, como controles de exportação de chips.
Os negociadores se reuniram uma terceira vez em Estocolmo no mês passado, onde haviam expressado a vontade de estender o prazo para as negociações.
Trégua vem em meio a pedidos de Trump para compras de soja
No último domingo, através de sua rede social, a Truth Social, Trump pediu à Pequim que “quadruplicasse rapidamente” suas compras de soja de agricultores americanos.
“A China está preocupada com a escassez de soja. Nossos grandes agricultores produzem os grãos de soja mais robustos. Espero que a China quadruplique rapidamente seus pedidos de soja. Essa também é uma forma de reduzir substancialmente seu déficit comercial com os Estados Unidos”, escreveu o presidente americano, que garantiu que “um serviço rápido será prestado” e agradeceu ao ditador chinês.
Fonte: Gazeta