O governo da França anunciou que suspendeu um programa de acolhimento de palestinos que fogem da guerra entre o grupo terrorista Hamas e Israel na Faixa de Gaza.
Segundo informações da BBC, o ministro das Relações Exteriores do governo Macron, Jean-Noël Barrot, disse que essa suspensão será mantida enquanto as autoridades locais investigam o caso de uma estudante palestina de 25 anos que chegou à França em julho e que foi acusada de publicar e compartilhar posts antissemitas em redes sociais.
Barrot afirmou que autoridades francesas e de Israel realizaram verificações de segurança que não detectaram esses “comentários inaceitáveis e preocupantes” e que os palestinos que já chegaram à França por meio do programa estarão “sujeitos a uma nova verificação”.
O nome da estudante e o teor das publicações não foram divulgados. A estudante recebeu uma bolsa na Universidade Sciences-Po Lille, no norte da França, mas ainda não havia começado a frequentar as aulas. Agora, sua matrícula foi cancelada e a jovem será deportada.
“A França não tem que acolher estudantes estrangeiros que defendem o terrorismo, crimes contra a humanidade e antissemitismo. Sejam eles de Gaza ou de qualquer outro lugar, estudantes estrangeiros que fazem ou transmitem tais declarações não têm lugar em nosso país. Nem em nosso território”, escreveu no X o ministro do Ensino Superior e da Pesquisa da França, Philippe Baptiste.
“Dentro do governo, faremos o que for necessário para garantir que o caso da estudante palestina da Sciences-Po Lille, que divulgou comentários extremamente graves nas redes sociais, seja tratado com a máxima firmeza. Já encaminhei o caso ao Ministério Público, nos termos do Artigo 40 do Código de Processo Penal”, acrescentou.
Mais de 500 pessoas já deixaram Gaza rumo à França por meio do programa desde o início da guerra, em outubro de 2023.
Fonte: Gazeta