O governo da China anunciou nesta segunda-feira (28) a criação de um programa nacional de auxílio para famílias com crianças pequenas, que terá início ainda em 2025, com o objetivo de aumentar as taxas de natalidade no país.
Segundo informações da agência estatal Xinhua, o programa oferecerá às famílias 3,6 mil yuans (cerca de R$ 2,8 mil) por ano para cada criança menor de três anos. A estimativa é que a iniciativa atenderá mais de 20 milhões de famílias por ano.
A queda das taxas de natalidade e a consequente redução da população da China preocupam as autoridades da ditadura comunista: em janeiro, o Departamento Nacional de Estatísticas informou que a população do país caiu pelo terceiro ano consecutivo em 2024, ao passar de 1,409 bilhão em 2023 para 1,408 bilhão no ano passado.
O número de nascimentos e a taxa de natalidade na China caíram por sete anos seguidos e tiveram leves altas em 2024, com os nascimentos somando 9,54 milhões (haviam sido 9,02 milhões em 2023) e a taxa de natalidade ficando em 6,77 nascimentos a cada mil habitantes (o índice havia sido de 6,39 em 2023).
A ditadura de Pequim já havia implementado outras medidas para tentar conter a crise demográfica. Em setembro do ano passado, anunciou que não permitiria mais a adoção de crianças chinesas por cidadãos de outros países.
Em 2015, a ditadura comunista mudou a política do filho único – que desde 1979 estipulava esterilizações e abortos forçados e multas e outras punições aos casais que tivessem mais de uma criança – e passou a permitir dois filhos por casal.
Em maio de 2021, autorizou três filhos por casal, e dois meses depois retirou as punições para quem não respeitar a regra, na prática, liberando as famílias para que tenham quantas crianças quiserem.
Fonte: Gazeta