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Tarifaço de Trump deixa lições duras para o Brasil

27/07/2025
in Política Brasil
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Trump força negociação entre Camboja e Tailândia

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O tarifaço imposto ao Brasil pelo presidente americano Donald Trump já faz sangrar os setores mais dependentes do comércio com os Estados Unidos. Empresas vêm reduzindo a produção destinada às exportações para os EUA, que terão as alíquotas aumentadas para 50% a partir de 1.º de agosto.

Mas o tsunami comercial pode trazer lições tanto para o governo quanto para a iniciativa privada. A principal delas é o alerta para a necessidade de maior inserção do Brasil no comércio mundial — o que, na prática, significa ter mais parceiros e mais oportunidades de comércio bilateral.

Apesar dos discursos oficiais em defesa da integração, o país continua figurando entre os mais protecionistas do mundo. Essa baixa diversificação deixa o Brasil especialmente vulnerável: quando um parceiro importante impõe barreiras, faltam alternativas rápidas para redirecionar as exportações.

Neste domingo (27), Trump confirmou que as tarifas anunciadas entrarão em vigor no dia 1.º, como planejado. O Brasil foi a grande exceção entre os principais parceiros comerciais dos EUA.

Nos últimos dias, Reino Unido, Vietnã, Indonésia, Filipinas e Japão conseguiram negociar a redução das taxas anunciadas pelo governo americano. O presidente americano anunciou ainda um acordo comercial com a União Europeia, reduzindo as tarifas impostas ao bloco de 30% para 15%.

No Brasil, a importação de bens e serviços representa apenas 15,7% do Produto Interno Bruto (PIB) — a sexta menor porcentagem do mundo entre 189 países, segundo o Banco Mundial. “Estamos muito isolados”, destaca Simão Davi Silber, professor da Universidade de São Paulo. “O Brasil tem uma das economias mais fechadas do planeta, só perdendo para o Sudão, que está em guerra com o Sudão do Sul, o Turcomenistão, a Argentina e a Etiópia. E vem, já há algumas décadas, perdendo a chance de se inserir no comércio global.”

Para ele, o baixo porcentual é consequência da “insistência em produzir quase tudo internamente”. “O resultado é uma produtividade muito baixa”, afirma. Na avaliação do economista, seria necessário dobrar essa participação das importações no PIB para que o país consiga impulsionar o crescimento econômico — hoje, um dos maiores desafios do Brasil. “Se comprássemos componentes melhores no exterior, conseguiríamos promover inovação e aumentar a competitividade global das nossas empresas”, diz.

No ritmo de crescimento atual, alerta Sílber, a renda per capita do brasileiro levará 70 anos para dobrar.

VEJA TAMBÉM:

  • Lula conversa com presidente do México sobre “incertezas” com tarifas de Trump
  • Trump cerca parceiros da China com acordos comerciais

Protecionismo é herança antiga

A estratégia de proteção à indústria nacional não é nova. “O Brasil já usava o modelo nos anos 1930, mas ele ganhou força mesmo no pós-guerra, especialmente nos anos 1950, como parte da política de substituição de importações adotada por muitos países em desenvolvimento”, explica Silber. A escassez de divisas e o colapso do comércio internacional durante a Segunda Guerra reforçaram essa lógica.

No pós-guerra, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) consolidou essa visão, defendendo que a América Latina precisava romper com a dependência de exportar produtos primários e importar bens industrializados caros, fechando o mercado para estimular o crescimento da indústria local.

Atualmente, o protecionismo brasileiro se traduz nas tarifas médias aplicadas a produtos importados: 7,26%, mais que o dobro da média global, que gira entre 2% e 3%, segundo dados atualizados do Banco Mundial.

Na relação bilateral com os Estados Unidos, a assimetria é ainda mais evidente. Estimativas do setor privado americano mostram que o Brasil aplica uma tarifa média de cerca de 5,8% sobre produtos dos EUA, enquanto os americanos impõem apenas 1,3% sobre produtos brasileiros.

Além das tarifas, uma série de barreiras regulatórias torna a entrada de produtos estrangeiros ainda mais difícil. Um estudo do banco BTG Pactual, com base na plataforma WITS (World Integrated Trade Solution), revelou que 86,4% das importações brasileiras estão sujeitas a algum tipo de barreira — como exigências sanitárias, certificações do Inmetro ou da Anvisa, licenças de importação e regulamentações técnicas específicas. O índice está bem acima da média global, de 72%, e supera o dos Estados Unidos (77%), conhecidos por seu sistema regulatório rigoroso.

Países asiáticos abdicaram de protecionismo

Silber lembra que países asiáticos, como Coreia do Sul, Taiwan e Malásia, também adotaram medidas protecionistas no pós-guerra, mas reorientaram suas estratégias a partir das décadas de 1960 e 1970. “Combinando investimentos em educação, infraestrutura e incentivos à exportação, essas nações criaram zonas econômicas especiais, facilitaram a entrada de capital estrangeiro e se integraram à Organização Mundial do Comércio, apostando em inovação tecnológica e ganhos de competitividade”, diz.

Enquanto isso, o Brasil manteve uma estrutura tarifária elevada e apostou em acordos regionais de baixo dinamismo, como o Mercosul. “A Ásia se abriu para o mundo, passou a importar mais para poder exportar melhor. Já a América Latina, em especial o Brasil, continuou fechada. E a única abertura que houve, no âmbito do Mercosul, foi com parceiros muito pobres, o que limitou os ganhos”, observa.

A única tentativa significativa de abertura brasileira ocorreu nos anos 1990, durante o governo de Fernando Collor, de maneira abrupta e questionável. Mais tarde, com Fernando Henrique Cardoso, ensaiou um voo tímido. “Lula, por sua vez, aumentou o protecionismo”, afirma Silber.

Hoje o contraste é claro: o Brasil responde por menos de 1% das exportações mundiais, enquanto a Coreia do Sul, com população e território menores, aparece com 2,5% das exportações mundiais em 2023, segundo Banco Mundial.

Tarifaço de Trump sobre o Brasil impõe lição, mas tarefa é inglória

Para Lívio Ribeiro, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), a lição da abertura pode ser assimilada pelo empresariado, mas a tarefa não é simples. Além de falta de visão governamental sobre o tema, há também divergências conceituais entre a validade da medida para países emergentes e, sobretudo, forte resistência de parte do empresariado.

“O protecionismo, como a política industrial, só faz sentido até que a indústria nacional desenvolva musculatura suficiente pra competir dentro e fora do país”, explica Ribeiro. “Mas o Brasil nunca conseguiu isso. Há décadas usamos o argumento da ‘indústria nascente’, que se traduziu apenas em reserva de mercado. O resultado são setores protegidos, caros e pouco competitivos.”

O pesquisador explica que também não há consenso entre economistas de que a inserção global, por si só, gere crescimento. “Tem quem defenda que isso deve ser feito num tempo certo, com política adequada”, afirma. “A maioria da academia acredita na integração como fator de produtividade, mas não é unanimidade.”

Abrir o mercado, na sua avaliação, traria benefícios — mais competição, preços menores, maior bem-estar. “Mas tem quem diga que o Brasil é grande, precisa gerar empregos, e que a indústria não aguenta competição aberta”, explica. “Então, escolhemos subsidiar a indústria mesmo que ela seja ineficiente. O argumento de geração de emprego e crescimento acaba sendo usado como pretexto pra manter proteção, não pra fomentar competitividade.”

Ele lembra também o apelo populista da política. “Quando você pergunta para o cidadão brasileiro médio se tem que proteger a indústria nacional, 90% vão dizer que sim, sem entender que isso significa produto pior e mais caro.”

Ribeiro destaca também as dificuldades para repetir a experiência asiática, como falta de produtividade (com base educacional) e de logística eficiente.

“Nosso custo logístico é crescente, não decrescente. Temos setores e empresas competitivos, como Embraer, JBS, Vale, WEG…, mas dá pra contar nos dedos de uma mão”, afirma. “Não são setores — são empresas. A base industrial não é competitiva. A agenda da indústria brasileira, por sua vez, em vez de reivindicar políticas horizontais que aumentem a competitividade geral, busca políticas verticais — subsídio e proteção para setores específicos.”

Trump impulsiona acordos com tarifaço

Mesmo com resistências internas, os especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo concordam que a atitude intempestiva de Trump com o tarifaço deve impulsionar os países, não apenas o Brasil, a procurar fazer acordos fora da órbita americana. “A lição do tarifaço pode até ser assimilada, mas a tarefa, no nosso caso, não é simples”, avalia Ribeiro.

Na sua avaliação, os Estados Unidos são o maior mercado mundial e a pauta que o Brasil tem com os americanos é muito diferente da média das nossas exportações. “É uma pauta intraindústria, com produtos manufaturados, partes e peças de meio de cadeia”, explica. “Algumas coisas estão na ponta, como aviões, mas no geral exportamos componentes. Não dá para deslocar isso para outro lugar rapidamente. Você não simplesmente transfere isso para Europa, México ou China.”

Além disso, um acordo, mesmo assinado, leva anos para afetar de fato a estrutura comercial. “É importante negociar, diversificar, resolver as tensões na diplomacia — não com confrontos diretos, como o Trump tenta. Mas os efeitos disso não são de curto prazo.”

Para ele, a tarifa de 50% não deixará alternativa para os setores atingidos, em especial o agronegócio. “Vão perder renda”, diz. “O governo pode até discutir linhas especiais de crédito, como já tem feito. Mas de novo: é política vertical, não política industrial horizontal para atingir a todos os segmentos.”

Sílvio Campos Neto, economista da consultoria Tendências, ressalta que, embora do ponto de vista econômico a importância de ter um grau maior de abertura seja um dos grandes “legados” do tarifaço, é inevitável observar que a proeminência da economia americana torna a tarefa inglória.

“Se esse episódio funcionar como uma alavanca para destravar o acordo Mercosul-União Europeia, já seria um ganho importante, principalmente diante da animosidade com os EUA e dos aspectos geopolíticos envolvidos”, diz.

Para Silber, da USP, as iniciativas de inserção mundial, que devem ser predominantemente governamentais, não parecem estar no radar. A iniciativa privada, mesmo querendo, tem poucas condições de articular políticas setoriais de incremento às exportações. “É uma coisa que não vai acontecer nesta gestão, porque não faz parte da cartilha do PT, que é nacionalista e protecionista por natureza”, afirma. “Teremos que esperar outro governo.”

Fonte: Gazeta

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