De acordo com projeções dos principais institutos de pesquisa eleitoral no Chile, o país deverá voltar a ser governado pela centro-direita a partir de 2026.
Com eleições programas para o próximo dia 16 de novembro — com segundo turno agendado para 14 de dezembro — as projeções do segundo turno dão conta que a candidata da situação, ex-ministra do Trabalho e membro do Partido Comunista chileno, Jeannette Jara, 51 anos, deverá ser derrotada em um eventual segundo turno contra o conservador José Antonio Kast, do Partido Republicano, ou contra Evelyn Matthei, da frente de centro-direta “Vamos Chile”.
A pesquisa que estima o retorno da direita ao Chile saiu no último domingo, divulgada pela companhia Plaza Pública Cadem. De acordo com os dados colhidos pela empresa, se a eleição acontecesse já na próxima semana, Jara (29%) e Kast (27%) passariam ao segundo turno. Na disputa entre os dois, apesar de sair na frente na disputa do primeiro turno, a comunista seria derrotada por Kast, atrás por 11 pontos percentuais (47% x 36%) — contra Matthei, a vantagem de Kast diminuiria para 6 pontos (37% x 31%).
Em um eventual segundo turno entre as duas candidatas mulheres, Jara e Matthei, a postulante da direita e ex-ministra do governo Piñera sairia vencedora (42% vs 37%).
Outros institutos de pesquisa também corroboram a vantagem da direita nas eleições presidenciais chilenas.
Atualmente sob a administração de esquerda do presidente Gabriel Boric, eleito em 2022, o eleitorado chileno parece estar se afastando do atual governo — ou pelo menos da candidata escolhida nas prévias do mês passado.
A candidatura de Jeannette Jara parece não ter agradado vários setores da sociedade chilena, historicamente conservadores e anticomunistas. Por isso, a campanha de Jara tem tentado afastá-la do rótulo de “comunista” ao mesmo tempo em que busca convencer o eleitorado de que ela é de centro-esquerda — sem sucesso, pelo que mostram as últimas pesquisas de intenção de voto.
E mesmo que consiga ganhar o apreço do eleitorado nos próximos quatro meses, Jara e Gabriel Boric terão um longo caminho a percorrer: nenhum presidente chileno conseguiu eleger seu sucessor político nas últimas duas décadas.
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Fonte: Gazeta