Após os Estados Unidos anunciarem nesta sexta-feira (18) uma sanção que proíbe o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), seus familiares e também outras autoridades ainda não reveladas de entrarem no país, diversas reações começaram a aparecer nas redes sociais.
O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro celebrou a decisão. Em uma postagem na rede social X, ele agradeceu ao presidente americano Donald Trump e a Marco Rubio. E disse que esse é “o custo Moraes para quem sustenta o regime”: ser impedido de ver seus familiares que estão nos EUA – os quais podem ter seus vistos cassados -, assim como ele foi proibido de ver seu pai, Jair Bolsonaro, por ordem de Alexandre de Moraes proferida hoje mais cedo. Ao final, avisou: “Tem muito mais (sanções) por vir!”
Já o jornalista Paulo Figueiredo, aliado de Eduardo nos EUA junto à Casa Branca, divulgou, em sua conta no X, uma suposta lista com outros nomes que também teriam seus vistos cancelados. Segundo ele, além de Moraes e seus familiares, constam na lista da sanção o Procurador-Geral da República (PGR), Paulo Gonet; os ministros do STF Luís Roberto Barroso, Cristiano Zanin, Carmen Lúcia, Luiz Fux, Flávio Dino e Gilmar Mendes; e, junto a eles, também os seus familiares. Ao final do vídeo, Paulo ainda diz que as sanções que estão por vir são muito mais terríveis que a Lei Magnitsky e pede “cautela” e “responsabilidade” às autoridades brasileiras, pois “não há um cenário em que elas saiam vencedoras”.
O advogado e professor de direito constitucional Andre Marsiglia também comentou o ocorrido. Em seu perfil no X, ele afirmou que talvez Moraes “não ligue” para o cancelamento dos vistos, mas disse que “um ministro do STF impedido de entrar em uma democracia por seu autoritarismo é fato internacionalmente relevante e reforça a imagem do Brasil como um polo de censura”.
Outras autoridades, como os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG), Marcel van Hattemm (Novo-RS) e Carol de Toni (PL-SC) compartilharam a notícia em suas redes sociais, mas não chegaram a comentar.
Fonte: Gazeta