Gravações da caixa-preta do voo 171 da Air India — que caiu no mês passado e matou 242 pessoas nos arredores do aeroporto de Ahmedabad, no oeste da Índia — indicam que um dos pilotos do Boeing 787 questionou o motivo do colega ter cortado a alimentação de combustível para os motores, segundos antes da queda.
A prova em áudio faz parte do relatório preliminar dos investigadores da Direção Geral de Aviação Civil (DGCA) da Índia, cuja conclusão inicial não encontrou “ações recomendadas” aos fabricantes da aeronave e dos motores, Boeing e General Eletric, naquele que é o pior desastre aéreo da Índia desde 1996.
“Na gravação de voz da cabine, um dos pilotos é ouvido perguntando ao outro por que ele cortou. O outro piloto respondeu que ele não fez isso”, revela o relatório da DGCA.
O avião com destino a Londres caiu em 12 de junho, cerca de 30 segundos após decolar do Aeroporto Internacional Sardar Vallabhbhai Patel, no oeste da Índia. A aeronave colidiu em solo com um refeitório de uma faculdade de medicina. No total, mais de 270 pessoas morreram, incluindo dezenas em terra, disseram autoridades. Apenas uma das 242 pessoas a bordo sobreviveu à queda.
Ainda segundo as investigações da DGCA, os botões que controlam o fornecimento de combustível foram desligados “um após o outro”, e “a aeronave começou a perder altitude antes de atravessar a parede do perímetro do aeroporto”.
Como é de praxe em relatórios de acidentes aeronáuticos deste tipo, não há a menção de culpados ou responsabilização direta na queda, mas as conclusões iniciais da investigação dão a entender que umas possibilidades analisadas pelos órgãos competentes até o momento é de que um dos pilotos pode ter causado o acidente propositalmente.
VEJA TAMBÉM:
- Após acidente, grupo dono da Air India anuncia indenização de mais de R$ 600 mil às famílias das vítimas
- Índia confirma que acidente aéreo teve apenas um sobrevivente, que perdeu irmão na tragédia
Fonte: Gazeta